Os números da violência na cidade de Luziânia, distante cerca de 150 km de Goiânia, que a colocam entre as mais violentas do mundo, é um dos exemplos que refletem a falta de investimentos no Setor de Segurança, definido pelo próprio Governo de Goiás como projetos estruturantes, visando o equacionamento da segurança e controle da violência, quais sejam: o Programa de modernização e integração das unidades de segurança pública e o Programa de prevenção e repressão ao crime. Em 2015 foram apenas R$ 330 milhões, ou 1,51% do orçamento estadual. Em 2014 esse percentual foi ainda menor: 1,3% do orçamento total.
Apesar dos números da auditoria do Tribunal de Contas do Estado, o Governo de Goiás insiste em divulgar que são aplicados 12,5% do orçamento na área de combate à violência. Segundo a Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária de Goiás, os investimentos na área, cerca de R$ 3 bilhões, ficariam atrás apenas do que é investido em saúde e educação. Ocorre, no entanto, que o Governo vem computando como investimentos as despesas com a folha de pagamento dos policiais militares, por exemplo, que em 2015 somou R$ 1,3 bilhão. No entanto, as despesas de custeio não se enquadram como conta de investimentos e não podem ser contabilizadas como tal.
Auditoria do TCE, em 2015, relaciona os programas definidos pelo próprio governo como plano estratégico para o Estado. De acordo com a área técnica do tribunal, os investimentos realizados no setor segurança foram de R$ 330 milhões, ou 1,51% do orçamento estadual, bem abaixo, portanto, do valor divulgado pelo Governo. Baixo efetivo de policiais militares e civis, estruturas precarizadas e má condições de trabalho para os policiais são algumas das evidências que corroboram o pífio investimento em segurança pública no Estado de Goiás.