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Política

Bolsonaro deixa o Brasil e frustra seguidores que pediam golpe de estado

Alimentados pelo silêncio do próprio presidente, além de mentiras e narrativas golpistas de influencers bolsonaristas, apoiadores de Jair Bolsonaro que não aceitavam o resultado das urnas estavam há 60 dias acampados em portas de quartéis esperando um suposto levante das Forças Armadas que nunca veio

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Desânimo e tristeza tomam conta de bolsonaristas golpistas depois que Jair Bolsonaro deixou o Brasil rumo aos EUA

Jair Bolsonaro (PL) deixou o Brasil rumo aos EUA no início da tarde desta sexta-feira (30/12). A menos de 48 horas do fim do seu mandato como presidente do Brasil, Bolsonaro partiu em avião da Força Aérea Brasileira para um período de férias em Orlando junto com a família. A partida de Bolsonaro frustrou o sonho golpista dos seus seguidores que permaneciam acampados em frente a quartéis Brasil afora desde o último dia 30 de outubro, quando Lula (PT) foi declarado vencedor das eleições presidenciais brasileiras.

Incentivados pelo silêncio de Jair Bolsonaro, que não se prestou a reconhecer o resultado das urnas, e também narrativas mentirosas e golpistas de influencers bolsonaristas, esses seguidores do presidente esperavam que um levante armado, protagonizado pelas Forças Armadas do Brasil e liderado pelo próprio presidente, fosse capaz de mudar o resultado das eleições e alçar Bolsonaro à presidência novamente, o que, obviamente, não aconteceu.

Antes de partir, Bolsonaro fez uma live nas redes sociais onde elencou supostas realizações do seu governo e lamentou o que chamou de perseguição durante os quatro anos em que esteve como presidente. Bolsonaro, ainda que tardiamente, desaconselhou quaisquer ações violentas contra o estado democrático e pediu que seus apoiadores aceitassem o momento pelo qual passa o Brasil. Segundo ele, o seu recolhimento se deu com o objetivo de não causar ainda mais tumultos.

“Uma massa de pessoas às ruas, protestando desde o dia seguinte ao resultado das eleições. E essa massa foi para os quartéis. Eu não participei desse movimento. Eu me recolhi. Eu acreditava e acredito ainda que fiz a coisa certa de não falar sobre o assunto para não tumultuar mais ainda”, disse.

Nas redes, logo após a live do presidente, os mais sectários seguidores de Bolsonaro lamentaram o que chamaram de traição daquele que convencionaram nominar de “mito”. Alguns choraram, se abraçaram e fizeram orações. Ao final, apoiadores se revezaram em um palco improvisado e fizeram discursos. “Assistindo a essa live, chego a desacreditar. Ficar dois meses na rua, com idosos e crianças, e ele simplesmente ir embora do país”, lamentou um bolsonarista frustrado com a decisão do “capitão”.

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