No mesmo dia em que o ex-prefeito de Trindade Jânio Darrot (MDB) disse que aguardaria decisão do governador Ronaldo Caiado (UB) para iniciar sua movimentação em busca de viabilizar o seu nome como candidato a prefeito de Goiânia pela base governista, Bruno Peixoto (UB), presidente da Assembleia Legislativa de Goiás, outro nome que vinha intensificando sua presença na mídia com o intuito de ser o escolhido para encabeçar a chapa da base aliada na capital, anunciou ao blog da Fabiana Pulcineli, do jornal O Popular, que está fora da disputa e que vai focar no projeto de eleição para deputado federal em 2026.
À coluna Giro, também do jornal O Popular, Jânio Darrot, que esteve à frente do executivo da cidade da região metropolitana por dois mandatos, disse que só iniciaria movimentos em busca de viabilizar sua candidatura ao Paço depois que o governador Ronaldo Caiado anunciasse que seria ele o escolhido para representar a base na disputa. A intenção de Darrot é a de preservar a união dos aliados, evitando que a disputa por essa viabilização acabasse impedindo o consenso da base.
“Não vou fazer nenhuma movimentação, nenhuma articulação. Só vou fazer alguma coisa, visitar, articular, se for definido. Se for definido, vamos trabalhar, vamos buscar viabilizar essa candidatura”, e completou: “Só vou ser candidato se for um consenso da base e essa definição vai ser através do governador. Ele vai conversar com todo mundo. Se Bruno for candidato, vamos estar com ele. Se não for, quero o Bruno conosco. Para termos chances reais, a base precisa estar unida”, afirmou.
Bruno Peixoto, por sua vez, apesar de, nos últimos meses, ter intensificado sua presença na mídia e dado diversas entrevistas reforçando o desejo de disputar a prefeitura de Goiânia, disse nesta quarta-feira (17/01) que “está adiando o sonho” de ser candidato a prefeito de Goiânia e que vai, a partir de agora, focar na eleição para deputado federal em 2026. “Não desisto de um sonho, mas ele pode ser adiado. Estou adiando esse sonho”, explicou.
Segundo aliados de Bruno, o presidente da Alego entendeu que “não vale a pena ficar brigando dentro do seu partido, dentro do grupo”, e que só o consenso poderia construir uma candidatura com chances de vitória. Para esses interlocutores, diante das demonstrações de resistência da cúpula do governo à candidatura de Bruno, não justificaria a insistência, sob pena do presidente da Alego sair desmoralizado.
“É uma eleição difícil havendo união, imagina com gente atuando contra internamente. Chega uma hora que começa a desmoralizá-lo (Bruno)”, diz um aliado do presidente da Alego.
Apesar de toda movimentação buscando se viabilizar como candidato ao Paço, Bruno Peixoto já havia deixado claro desde o início que só seria o candidato da base, caso não houvesse outros nomes viáveis para a disputa. Entre governistas, o que se comenta é que o governador Ronaldo Caiado não estaria disposto a abrir mão da presença de Peixoto na presidência da Alego nesses dois últimos anos do seu mandato.
Nos últimos dias, Bruno recebeu convites de outros partidos para filiação e, assim, levar adiante o seu sonho de disputar a prefeitura de Goiânia, mas a hipótese de mudança de legenda foi descartada pelo político. “Fico muito lisonjeado e muito grato ao PRD, ao Avante e ao PP. Estou muito feliz com os convites e com a demonstração de amizade. Mas existe a fidelidade partidária e existe a minha lealdade ao governador Ronaldo Caiado (UB)”, diz o deputado.