O governador Ronaldo Caiado (UB), do alto da sua experiência política, buscou contextualizar a fala do vice-governador Daniel Vilela, presidente estadual do MDB, que, em entrevista ao jornal O Popular, sugeriu que o prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (Republicanos), se abstivesse de lançar sua pré-candidatura à reeleição. Para Daniel, “Rogério faria um bem para ele e para Goiânia se já comunicasse que não é candidato à reeleição”. Cruz reagiu dizendo que está no seu momento e que “é só chegar a época de política que as brigas começam”, provavelmente se referindo ao rompimento com o MDB de Daniel ainda no início da gestão.
Ao mesmo veículo, Caiado lembrou que é preciso entender o contexto da fala do emedebista e descartou que a opinião de Daniel tivesse o intuito de excluir Cruz do processo eleitoral goianiense.
“Na verdade, quando se busca essa frase fora do contexto em que ela foi dita, dá entender como se fosse um processo de excluí-lo do processo. Quando se lê a matéria toda, o que ele (Daniel) diz é que se ele (Rogério) não se declarar candidato, ele vai ter um período com mais calmaria, com mais tranquilidade. Vai poder governar, não vai ficar envolvido no processo eleitoral e vai poder encerrar suas obras com muito mais tranquilidade”, explicou.
O governador, que começa as conversas com líderes partidários para definir o nome da base em Goiânia, não fez juízo de valor sobre a opinião do presidente do MDB goiano, mas, ao encerrar sua fala, deixou transparecer que no contexto da sugestão de Daniel a tese teria sentido, e poderia realmente ajudar o prefeito de Goiânia no processo de superação das dificuldades administrativas que ele enfrenta.
“Então, eu acho que o contexto é esse. Ele levou essa frase ao respaldar a tese de que ele (Rogério) teria uma gestão fácil e com resultados práticos para a população em termos da entrega de obras”, considerou.
Na entrevista, Ronaldo Caiado também negou que haja definição em torno da pré-candidatura do ex-prefeito de Trindade, Jânio Darrot (MDB), nome que voltou a ganhar forças, depois da desistência do presidente da Alego, deputado Bruno Peixoto (UB).
“Não vou fazer nada no mês de janeiro sobre algo que ainda vai acontecer em julho, para bater o martelo sobre a candidatura. É como eu já disse, vou ouvir primeiro os presidente de partido. Já estou ouvindo alguns e devo continuar ao longo dessa semana ouvindo outros”, definiu.