Em recente entrevista ao jornal Correio Braziliense, o ex-governador do DF e ex-ministro da Educação do governo Lula 1, Cristovam Buarque (Cidadania), avalia que apenas uma direita reciclada será capaz de superar a hegemonia lulista e citou o governador Ronaldo Caiado como quem melhor representa essa corrente política no Brasil. Para Buarque, a economia não vai pautar o debate entre direita e esquerda, já que o setor é muito técnico e depende do resto do mundo. Segundo ele, o grande debate vai ser na segurança pública.
“Eu temo que o pós-Lula venha de uma direita reciclada e o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, poderá trazer uma proposta reciclada. No Brasil, a disputa não se dará no debate econômico, porque Lula vai acertar na economia. O grande debate vai ser na segurança pública. Caiado vai pegar essa questão da segurança porque, dizem, deu um jeito em Goiás”, explicou.
Único governador goiano eleito e reeleito em primeiro turno, Ronaldo Caiado (UB) é hoje o chefe de executivo estadual mais bem avaliado do Brasil, segundo estudo do instituto Atlas/Intel, e tem assumido protagonismo nacional como um dos principais nomes da direita quando o assunto é a sucessão do presidente Lula, em 2026. Com índice de aprovação que ultrapassa 80% em alguns institutos de pesquisas, Caiado já declarou que pretende colocar seu nome à disposição do União Brasil para disputar a Presidência da República nas próximas eleições gerais.
Há quase 40 anos na vida pública, o político goiano tem se notabilizado por uma trajetória marcada por pautas conservadoras, defesa da iniciativa privada e do direito de propriedade, temas que o consolidaram como um dos principais parlamentares da história recente do país. Eleito em 2018 para o primeiro mandato como governador de Goiás, Caiado tem feito uma verdadeira revolução na área da segurança pública no estado. Os principais índices de criminalidade despencaram em até 90%, se comparados com 2018, último ano do governo anterior, números que colocam o Estado como um dos mais seguros do Brasil.
Após a decretação da inelegibilidade de Jair Bolsonaro (PL) até 2030, de quem se declara aliado, Caiado decidiu que é o momento de trabalhar para construir sua segunda candidatura a presidente da República (a primeira foi em 1989). Ele já adiantou que vai buscar o apoio do ex-presidente e que pretende conversar com todas as lideranças partidárias mais à direita do espectro político para conquistar uma aglutinação dos partidos em torno desse projeto.
Apostando que a direita racional saberá entender a sua posição, Ronaldo Caiado avalia que as pessoas vão refletir um pouco mais sobre o momento político que o Brasil atravessa, e que a elite brasileira terá que ter mais responsabilidade com temas que são caros à sociedade, como a segurança pública – hoje um dos principais gargalos do governo Lula -, mas não somente no discurso, e sim de realização. Para o governador goiano, o enfrentamento ao crime organizado e às facções criminosas é fundamental para o futuro da nação brasileira.
