Em entrevista ao Podcast Giro 360, do jornal O Popular, o governador Ronaldo Caiado (UB) minimizou o fato de uma ala do seu partido, o União Brasil, acenar com um possível apoio a uma eventual candidatura à reeleição do presidente Lula. A sigla, hoje, integra o governo Lula com dois ministérios: Celso Sabino (Turismo) e Juscelino Filho (Comunicações).
Para Caiado, é preciso separar aquilo que é o desejo do partido em contribuir com a governabilidade do país, emprestando quadros ao governo, da política partidária, quando a legenda, por seu histórico ideológico/administrativo, vai decidir sobre a possibilidade de lançar um candidato próprio a presidente da República.
O governador goiano, que prepara o lançamento da sua pré-candidatura ao Planalto para o próximo dia 4 de abril, em Salvador (BA), disse não acreditar que o União Brasil vá se aliar a Lula em 2026, e cita dois motivos para ilustrar sua tese: “primeiro, porque não existe identidade nenhuma nossa com o PT. Em segundo lugar, você vai se aliar a um governo que está se deteriorando?”, pergunta.
Caiado disse não ter dúvidas de que, na hora que essa questão for decidida em convenção com todos os membros da executiva do União Brasil, não haverá nenhuma chance dessa tese de apoio ao PT prevalecer. O goiano também minimizou especulações de que lideranças do partido não estarão no lançamento da sua pré-candidatura.
O governador explicou que o evento em Salvador não se trata de uma decisão do partido. “A decisão partidária se dará na convenção”, explica.
Jogo da política
Ronaldo Caiado avalia que é possível que o União Brasil tenha outros pré-candidatos e que, assim como já foi dito pelo líder do partido no Senado, Efraim Filho, aquele que se viabilizar eleitoralmente será o escolhido para a disputa de 2026.
Segundo o governador goiano, esse processo de escolha faz parte do jogo político. “Aqui não tem filhinho de papai, ninguém aqui tá achando que tem a tutela de A ou de B”, frisou.