Acusando interferências de grupos ligados ao ex-governador Marconi Perillo (PSDB), candidato ao Senado por Goiás, o marqueteiro e presidente do Patriota em Goiás, Jorcelino Braga, deixou a coordenação de campanha de Gustavo Mendanha (Patriota), que disputa o governo de Goiás. Segundo bastidores, o até então articulador político do grupo, Tatá Teixeira, também teria deixado o posto e nem frequenta mais a produtora de Braga, que continua responsável pelo marketing da campanha do patriota.
Para piorar a situação, ex-aliados de Gustavo Mendanha, o deputado estadual Max Menezes e a vereadora Camila Rosa, ambos do PSD, expressivas lideranças políticas de Aparecida de Goiânia, desembarcaram, nesta semana, na base de apoio à reeleição de Ronaldo Caiado (União Brasil). Ambos declararam publicamente apoio ao projeto do atual governador e justificaram a iniciativa à seriedade, competência e ao compromisso demonstrado por Ronaldo Caiado com o Estado de Goiás e seu povo.
Jorcelino Braga chegou a acusar Marconi Perillo de usar a associação de ex-prefeitos de Goiás para obter benefícios próprios em detrimento da campanha de Gustavo Mendanha. Segundo o marqueteiro, a aproximação de Perillo poderia trazer desgastes para a candidatura do ex-emedebista. Enquanto isso, para desespero de Braga, o tucano continua exaltando o que chamou de “parceria indireta” com Gustavo Mendanha.
Na semana passada, na tentativa de dar um norte para sua campanha, o candidato do Patriota buscou emplacar a narrativa de que os adversários históricos Ronaldo Caiado e Marconi Perillo estariam unidos para derrotá-lo e sofreu uma saraivada de críticas de aliados do tucano. O prefeito de Minaçu, Carlos Lereia, aliado fiel do ex-governador, divulgou vídeo dizendo que Mendanha tentava justificar sua incompetência política culpando terceiros pelo que chamou de fiasco. De acordo com Lereia, o ex-emedebista cometeu equívocos e o seu marqueteiro levou sua campanha para uma verdadeira encruzilhada.
O Patriota alega que a campanha de Gustavo não tinha um coordenador específico e que as decisões vinham sendo tomadas por um conselho político, formado pelo próprio Mendanha, Jorcelino Braga e Heuler Cruvinel, que agora assume oficialmente a coordenação geral da campanha.