A italiana Enel foi a vencedora do leilão de privatização da Celg D com lance de R$ 2,187 bilhões – o que representa um prêmio de 22,01% em relação ao preço mínimo estabelecido, de R$ 1,7 bilhão. Foi o único lance válido apresentado para a compra da distribuidora de energia elétrica de Goiás. Essa foi a segunda vez que a Celg D foi levada ao balcão.
Com o arremate, chega ao fim a história da maior empresa goiana, precarizada, dilapidada e privatizada nos Governo de Marconi Perillo (PSDB). Com o valor alcançado, o Estado de Goiás terá direito a pouco mais de R$ 1 bilhão, referente aos 49% de sua participação na empresa. Porém, para que fosse possível a venda da companhia, o Governo de Goiás teve que assumir R$ 2,4 bilhões em dívidas que a empresa possuía com a Caixa Econômica Federal. Além disso, visando viabilizar a privatização, Marconi Perillo anunciou que vai isentar a compradora da Celg D de parte do ICMS devido pelos próximos 28 anos.
Assim se consolidada, portanto, o maior crime contra o patrimônio público dos goianos de toda a história recente do Estado de Goiás. A empresa, que fatura R$ 9 bilhões por ano e que valia cerca de R$ 6,5 bilhões em 2010, vai custar ao Estado cerca de 10 bilhões em prejuízos, sem considerar os lucros que se cessam com sua venda.
