A violência em Goiás avançou de forma absurda desde 1999, primeiro ano do primeiro mandato do governador Marconi Perillo. Um ano antes, em 1998, Goiás ocupava a 18ª colocação no ranking dos estados mais violentos do país. Em 2014, último ano do terceiro mandato do tucano, Goiás ocupava o triste 5º lugar nas estatísticas de violência, com 46 mortes por cada grupo de 100 moradores.
Se nas ruas o quadro é de pânico pela criminalidade absurda que assola o Estado, nos presídios a coisa é ainda pior. A recente rebelião no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, ocorrida ontem, 1º de janeiro, onde 9 detentos morreram, 14 ficaram feridos e 242 fugiram, mostra a negligência do governo de Perillo com a política penitenciária no Estado.
Não por acaso, o colapso no sistema prisional goiano ocorre depois do governo ter devolvido verbas federais destinadas à construção de presídios e reformas de outras unidades. Em 2014, o governo tucano de Goiás teria devolvido cerca de R$ 4 milhões destinados à Secretaria de Segurança Pública e, em 2015, o Estado perdeu mais R$ 14,7 milhões de recursos da União destinados ao sistema prisional goiano.
Segundo o que foi divulgado, o dinheiro foi devolvido à União em virtude da falta de aplicação, ou seja, o Governo de Goiás não apresentou projetos e/ou não deu execução aos projetos de construção de presídios, manutenção, reformas e etc.