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Política

Colunista do UOL diz que bolsonaristas desafiam inteligência alheia com tese de perseguição

Josias de Souza afirma que a cúpula bolsonarista acredita que a população brasileira é 100% feita de idiotas. Na sua visão, não existe perseguição política, e essa narrativa está sendo lançada porque o bolsonarismo não tem mais amparo na PGR e na PF

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Carlos Bolsonaro, filho de Jair Bolsonaro, e o deputado federal Alexandre Ramagem, ex-diretor-geral da Abin, são alvos da Polícia Federal

O colunista do UOL Josias de Souza considera que os aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro subestimam a inteligência alheia ao criarem a narrativa de que Bolsonaro, seus filhos e aliados estariam sofrendo perseguição do Supremo Tribunal Federal (STF). Nos últimos dias, duas operações da Polícia Federal (PF) alcançaram o núcleo político do bolsonarismo.

Nos últimos dias, o deputado Alexandre Ramagem (PL), que foi diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), e o filho zero dois de Bolsonaro, vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (PL) foram alvos da PF em ações de busca e apreensão autorizadas pelo ministro Alexandre de Moraes. Os dois políticos são suspeitos de participação na criação de uma aparato ilegal de espionagem operado dentro da Abin durante o governo Bolsonaro.

Para Josias de Souza, o argumento de bolsonaristas de que são vítimas de uma perseguição não faz sentido algum. Segundo o jornalista, o argumento é tão tosco que os bolsonaristas desafiam a inteligência alheia. “Imaginam que a plateia é 100% feita de idiotas, de pessoas que não se dão conta de que isso não faz nexo. Não tem lógica”, diz Josias, sustentando que, embora ilógico, esse argumento ainda tem muito apelo em um pedaço do eleitorado com apreço pelo direitismo troglodita representado por Bolsonaro.

O colunista acredita que “Bolsonaro e seus aliados usam a tese de perseguição política porque não contam mais com a estrutura que armaram dentro da Procuradoria-Geral da República e da Polícia Federal para encobrir seus crimes.”

“O que há é uma profusão de crimes que não puderam ser investigados quando foram cometidos porque a Procuradoria estava aparelhada e a PF submetida às conveniências do Bolsonaro. Isto de perseguição política é uma tolice de grandes proporções”.

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