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Política

Com protagonismo em alta, Caiado vai ganhando musculatura política com vistas a 2026

O governador goiano tem intensificado o trânsito junto às lideranças políticas nacionais com o objetivo de viabilizar uma possível candidatura a presidente da República nas próximas eleições gerais. Protagonismo nacional de Caiado cresce em meio às discussões de pautas importantes, como Reforma Tributária e segurança pública

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Ronaldo Caiado, governador de Goiás, vai consolidando protagonismo na política nacional

Disposto a disputar a presidência da República em 2026, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), tem intensificado o trânsito junto às lideranças políticas nacionais. A estratégia é abrir caminho para a viabilização do seu projeto político, sobretudo criando uma musculatura política capaz de garantir seu lugar na disputa. Na avaliação de analistas, Caiado tem usado muito bem o espaço na grande mídia e se consolidado como um dos principais protagonistas da política brasileira, desde o fim das eleições do ano passado. Sua defesa enfática da democracia e o conhecimento demonstrado nas discussões acerca da Reforma Tributária, matéria que tramita no Senado, além da sua boa avaliação em Goiás, fruto do sucesso da sua administração, tem colocado o goiano como um dos nomes que são frequentemente cogitados para o Planalto em 2026.

Há quase 40 anos na vida pública, com um currículo respeitável de líder ruralista, cinco vezes deputado federal, senador da República e o único governador goiano eleito e reeleito em primeiro turno em Goiás, Ronaldo Caiado (UB), reconhecido como digno representante da direita racional, tem adotado um discurso de pacificação quando o assunto é a política nacional. Para Caiado, o brasileiro já está cansado de posições extremadas e ninguém aguenta mais essa discussão beligerante que tomou a política brasileira, por isso, avalia, só vai ter sucesso na oposição no Brasil quem agir com inteligência, com argumentos, com conteúdo, com capacidade de debater.

Integrante do União Brasil, terceira maior bancada na Câmara dos Deputados, com 59 parlamentares, e segunda maior do Senado, com 12 senadores, Caiado é visto por outros membros do partido como o nome com potencial político/administrativo suficiente para se apresentar como candidato a presidente nas próximas eleições. Recentemente, o ex-prefeito de Salvador e atual secretário-geral do União Brasil, ACM Neto, fez vários elogios a Caiado e disse que o governador goiano é um grande nome da oposição nacional.

“Nós temos, dentro do União Brasil, um grande quadro, que eu acho que vai entrar nesse processo, que vai participar dessas discussões, que é o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, que tem serviços prestados, com bastante êxito, na política de segurança pública, no combate à violência, assim também como indicadores sociais importantíssimos. Eu acho que o Caiado vai entrar nesse debate nacional, vai ser mais um nome como alternativa para o campo de oposição nacional”, apostou o político baiano.

O próprio Caiado tem afirmado em entrevistas que acredita que o União Brasil não se furtará ao lançamento de um candidato para presidente da República em 2026, e descarta a hipótese de candidatura única da direita, embora ressalte a importância das conversas entre representantes dos partidos desse espectro com vistas a um eventual segundo turno das eleições.

“Eu estou em um partido que tem tempo de rádio e televisão, fundo partidário. Eu acho difícil você criar uma situação de convergência nesse momento. Alguns avanços podem ter, às vezes você consegue fazer uma aliança para o primeiro turno, às vezes você vai, mais ou menos, com um entendimento dos partidos para um segundo turno”, explica o governador goiano.

Na última segunda-feira (09/10), logo após palestra na Associação Comercial de São Paulo, Caiado se encontrou com o governador do estado, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Amigos de longa data, Caiado e Tarcísio falaram, entre outros assuntos, de pontos das Reforma Tributária que, na concepção de ambos, podem retirar arrecadação dos entes subnacionais. O assunto também girou em torno da sucessão do presidente Lula. Caiado estava acompanhado do secretário de Desenvolvimento Econômico de São Paulo, Afif Domingos, que foi um dos seus adversários na eleição presidencial de 1989. Em tom de elogio, Tarcísio disse que ambos foram bons candidatos.

Antes, no domingo (08/10), o governador de Goiás jantou na casa do presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab. Caiado foi levado pelo ex-presidente do partido em Goiás, Vilmar Rocha, que foi o autor do convite para que o governador palestrasse no encontro da ACSP. No cardápio, claro, a política nacional.

Ronaldo Caiado reconhece a força política/eleitoral de Jair Bolsonaro, ex-presidente da República, mesmo depois da decretação da sua inelegibilidade pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e destaca a boa relação que tem com o liberal. Para o governador de Goiás, Bolsonaro é uma aliado que ainda tem, sem dúvidas, um grande poder de transferência de voto e acredita que ele vai ter grande influência na eleição de 2026. Para Caiado, no entanto, é fundamental que o político que pretenda disputar a presidência tenha, sobretudo, autonomia e possa, dentro do seu estilo, aplicar seu conhecimento e defender suas convicções, lembrando que foi eleito e reeleito em Goiás justamente porque a população conhece a sua personalidade.

Apesar de reconhecer a importância desses encontros com as lideranças partidárias, Ronaldo Caiado avalia que ainda é cedo para discutir o pleito de 2026, até porque, diz, antes das próximas eleições gerais, tem a eleição municipal do ano que vem, embora, na sua avaliação, uma eleição não tem nada a ver com a outra.

“Todo esse processo para 2026 virá sim. Cada partido apresentará seus nomes para disputar a eleição para presidente da República, e isso não pode ser feito de forma tão antecipada assim. Agora, a eleição de 2026 não tem nada a ver com o processo eleitoral de 2024, essa é uma realidade”, ressaltou, lembrando que a decisão sobre a sua candidatura é uma decisão partidária, e, por esse prisma, se sente em condições de colocar seu nome à disposição do União Brasil. “É o partido que vai decidir”, pontua.

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