Durante a sessão plenária do Tribunal de Contas do Estado de Goiás desta quarta-feira, 10, o Conselheiro Saulo Marques Mesquita, relator da tomada de contas do Relatório Resumido da Execução Orçamentária (RREO) referente ao 1º bimestre das contas do Governo de Goiás, fez um alerta preocupante diante da grave situação das contas públicas do Estado.
De acordo com Saulo Mesquita, entre outras graves irregularidades apontadas pela área técnica do Tribunal de Contas, o Estado de Goiás pode ter sérias dificuldades financeiras até o fim do ano e não conseguir pagar sequer a folha de pagamento dos servidores.
“Os problemas são graves. Se não houver limitação de empenhos, se não houver contingenciamento, o horizonte que se afigura não é favorável. A tendência é o fechamento das contas ao final do exercício com muita dificuldade, inclusive, me parece, para quitação da folha”, afirmou Mesquita.
Entre outras inconsistências verificadas nas contas do 1º bimestre de 2018 do Governo de Goiás, Mesquita apontou a abertura de créditos adicionais sem a correspondente existência de superávit financeiro, bem como o descumprimento dos índices referentes à educação e à saúde.
“Além disso, há que se destacar que a meta para o Resultado Primário para o exercício é de superávit, no entanto, no 1º Bimestre verificou-se a ocorrência de considerável déficit. Quanto ao Resultado Nominal, foi estabelecida meta de diminuição da dívida consolidada em R$ 984 milhões, no entanto, o que ocorreu foi o aumento da dívida”, pontuou.