O Conselheiro Federal da OAB, Leon Diniz, publicou na sua página no facebook um artigo, intitulado “INSEGURANÇA PÚBLICA – Avanço apenas perante os olhos da assessoria de imprensa do Palácio das Esmeraldas”, em que chama a atenção para a forma deturpada com que a imprensa simpática ao governo de Goiás divulgou o evento em que a OAB-GO apresentou propostas para a segurança pública do Brasil e de Goiás. Com estardalhaço, vários jornais e blogs simpáticos a Marconi Perillo publicaram que a OAB-GO teria reconhecido avanços na política conduzida por José Eliton à frente da Segurança Pública de Goiás.
Leon Diniz, no entanto, diz que “se faz importante destacar que em momento algum, vi no referido documento, de 50 páginas, qualquer reconhecimento a supostos avanços da Segurança Pública do Estado de Goiás por parte da Ordem, seja no documento, seja na ata da audiência pública, ou mesmo no “Programa Estadual de Políticas Públicas de Prevenção e Educação sobre Álcool e outras Drogas”. Para o Conselheiro, “em que pese as declarações pessoais do ex-Secretário de Estado e atual Presidente da Comissão de Segurança Pública e Política Criminal da OAB/GO neste sentido, é necessário que haja discussão e deliberação do Conselho Seccional Soberano, o que ainda não ocorreu”.
De fato, a ata de audiência e o próprio documento entregue às autoridades goianas, não suscita, ainda que houvesse um esforço de interpretação, qualquer elogio a pseudos avanços na política de segurança pública em Goiás implementadas pelo atual secretário, José Eliton. Ao contrário, o documento elenca uma série de graves situações, principalmente em Goiânia, e chama a atenção para o desmonte da Polícia Civil em Goiás, que de um contingente de 6 mil policiais hoje conta com apenas 3,2 mil. “Parece que o Estado não quer prestigiar a solução legal porque uma boa persecução penal, um bom processo penal para que chegue a resultado satisfatório parte de um bom inquérito policial. E a que ponto chegou a deterioração da polícia!”, diz o documento.
Leon Deniz termina dizendo que “a sociedade e a advocacia aguarda atitudes efetivas, eficientes e republicanas. Relembrando que o nosso compromisso é com uma Ordem, independente, participativa e transparente”, deixando claro que a OAB-GO não pode ser usada para proselitismo político de quem quer que seja.
Leiam a íntegra do documento da OAB-GO no link acima ou clicando aqui