O Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de Goiás, Sebastião Tejota, pai do vice-governador eleito de Goiás, Lincoln Tejota, apresentou relatório reforçando acórdãos que determinaram a redução dos incentivos fiscais no Estado.
De acordo com informações do jornalista Caio Salgado, da coluna Giro, do O Popular, o relatório apresentado por ele na última sessão plenária da Corte, na quarta, aponta que “com a proximidade do encerramento do exercício de 2018 e o início de novo mandato eletivo é imprescindível a adoção das medidas determinadas”, teria afirmado Tejota.
Ainda de acordo com a reportagem, Tejota propôs também a aplicação de multa de R$ 32,9 mil ao governador José Eliton (PSDB) e ao secretário da Fazenda, Manoel Xavier, caso não sejam tomadas medidas para reduzir os incentivos até 31 de dezembro. O relatório não foi votado porque o conselheiro Helder Valin pediu vistas, segundo o jornal.
A atitude do Conselheiro, embora atendendo o poder-dever do administrador público, surpreende, haja vista que o Tribunal, nos últimos 8 anos, manteve uma posição de parcimônia e leniência com as inúmeras irregularidades cometidas pelo governo de Marconi Perillo, conforme se denota da análise dos relatórios da área técnica do Tribunal.
No julgamento das contas de governo de 2015, por exemplo, Sebastião Tejota votou pela exclusão das ressalvas nas contas do ex-governador que exigia a equalização do déficit na Conta Centralizadora como condição para que as contas de 2015 fossem aprovadas. Porém, mesmo o rombo na centralizadora tendo aumentado cerca de R$ 100 milhões, chegando a incríveis R$ 1,592 bilhão negativos, o TCE aprovou as contas de Perillo de 2015 sem ressalvas.