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Política

Conselho Universitário da UFG mantém título a Marconi Perillo e
decepciona professores.

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O Consuni – Conselho Universitário da Universidade Federal de Goiás reuniu-se ontem, 26/02, onde foram discutidos, entre outros pontos, a manutenção ou cassação do título de  “doutor honoris causa” concedido ao Governador Marconi Perillo (PSDB) em 2005. O pedido de retirada do título foi feito via requerimento da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Goiás (FE/UFG), aprovado por unanimidade pelos seus membros e tinha como fundamento a prisão de 04 professores e 27 estudantes secundaristas ocorrida nas dependências da Seduce, em meados do mês, por ocasião de manifestações contra a implantação das OSs na educação pública do estado. Entre os presos estava o Professor Doutor Rafael Sadi, da própria UFG, um dos contrários a gestão por OSs e que tem contribuído com pesquisas e informações que mostram o equívoco do Governo de Goiás.

Antes da votação, Rafael Sadi fez um emocionado discurso, no qual expôs aos conselheiros a necessidade da Universidade se manifestar de forma enérgica e clara contra o atentado à democracia promovido pelo Governo de Goiás nos últimos dias. “O que pedi a eles foi que considerassem a importância de se tirar este título como demonstração de que nossa universidade não aceita nenhum tipo de criminalização da produção de conhecimento e das ideias. Tirar o título seria uma forma de defesa da autonomia intelectual e, mais ainda, uma forma de proteger todos os colegas professores e estudantes que estão sendo perseguidos. Seria dizer: não mexa com a universidade, não tente criminalizar as ideias, pois isso terá consequências”, escreveu o professor na sua página no facebook.

Para frustração de Sadi, da Faculdade de Educação e dos demais presentes que acreditavam na resposta dura da UFG, o Conselho acabou mantendo o título de Marconi Perillo. Aos gritos de “vergonha, vergonha”, os simpatizantes de Perillo mantiveram-se sentados e não escondiam o constrangimento. Decepcionado, Rafael Sadi disse que “embora legalmente represente a UFG, o Consuni não representa efetivamente a comunidade universitária. Dele, não participam as unidades, com seus professores, alunos e técnicos. No formato que o Consuni possui estaremos sempre aprovando e legitimando as posições da reitoria”, enfatizou, fazendo questão de dizer que é grato a pessoa do Reitor Orlando e ao diretor da faculdade por terem o visitado na prisão.

 

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