Contrário aos interesses da grande maioria do brasileiros, Marconi Perillo (PSDB), governador de Goiás, disse, durante a abertura do 3º Fórum de Governadores do Brasil Central, em Palmas (TO), ser favorável ao aumento da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) sobre combustíveis.
Segundo Marconi, embora o seu partido seja contrário a proposta de se aumentar impostos, já que o Brasil tem uma das maiores cagas tributárias do mundo, o aumento da Cide poderia ser a solução para os problemas de logísticas e infraestrutura que o país enfrenta.
O surpreendente apoio de Marconi Perillo ao aumento do imposto da gasolina, como é conhecido, causou espanto na classe política e economistas de Goiás. É justamente contra o aumento de impostos que se funda o discurso da oposição ao governo da Presidente Dilma, que tem no PSDB o maior representante.
Perillo enfrenta duras críticas por suas políticas de reequilíbrio das contas públicas estaduais, que apresentam rombo superior a R$ 1,5 bilhão e vem crescendo mês a mês. Medidas como parcelamentos dos salários dos servidores, retiradas de direitos, corte de promoções de oficiais da polícia militar e bombeiros, além do calote na data-base são algumas das medidas adotadas pelo governo goiano para se livrar da insolvência e conseguir cumprir a LRF.
O governo pretende aumentar a Cide em R$ 0,50 por litro de combustível. Se prevalecer essa intenção, o preço médio da gasolina no país passará de R$ 3,55 para R$ 4,05. Atualmente arrecada-se R$ 12,5 bilhões com a somatória da Cide e Pis-Cofins que juntas custam R$ 0,22. Com essa alta, o Ministério da Fazenda estima arrecadar mais R$ 15 bilhões ao ano. O impacto na inflação será de 0,9%.