A Prefeitura de Goiânia publicou decreto na noite deste sábado, 13, prorrogando o fechamento das atividades econômicas e não econômicas não essenciais pelos próximos 14 dias. De acordo com o prefeito Rogério Cruz, o quadro epidemiológico na capital é crítico, com alta taxa de transmissão do vírus e iminente colapso no sistema público de saúde.
“Não podemos cruzar os braços e admitir a morte de milhares de goianienses pela Covid-19. Por isto baixei novo decreto restringindo por mais 14 dias as atividades não essenciais da nossa cidade. Se já vivemos hoje um cenário de pesadelo, tenham certeza: ainda pode piorar”, disse Cruz na sua conta no Twitter.
Ao contrário do colega da Capital, o prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha (MDB), optou pelo modelo de isolamento social intermitente por escalonamento regional na cidade. O município foi dividido em 10 macrozonas, com quatro macrozonas fechando duas vezes de segunda a sexta-feira e a cidade inteira fecha aos sábados a partir das 13 horas e no domingo o dia todo. Na prática, a medida fecha 40% de todas as macrozonas da cidade por sete dias.
Também em Aparecida de Goiânia a situação é de iminente colapso no sistema de saúde e a taxa de transmissão acima de 1, o que indica avanço da doença. Os leitos exclusivos para tratamento da Covid-19 na cidade, de acordo com boletim divulgado pela secretaria de saúde do município, era de 97%.
Especialistas da área da saúde avaliam que o ideal seria que Goiânia e Aparecida de Goiânia caminhassem juntas e adotassem medidas de isolamento idênticas, já que há trânsito intenso entre moradores das duas cidades. Diante da falta de medidas harmônicas entre os dois principais municípios da região Metropolitana, o sentimento é de pessimismo quanto ao sucesso das medidas. Para boa parte da população, essas ações não salvam nem vidas e nem a economia.