Entre em contato

Política

CPI do BNDES: deputados recusam convocação dos donos da Friboi.
Daniel Viela (PMDB) foi um deles.

Publicado

on

A Comissão Parlamentar de Inquérito instalada na Câmara dos Deputados, em Brasília, criada para investigar supostas irregularidades envolvendo o BNDES ocorridas entre os anos de 2003 e 2015 relacionadas à concessão de empréstimos, que até junho estavam sob sigilo, concedidos a países como Angola e Cuba, além de apurar supostas irregularidades em empréstimos concedidos a empresas investigadas da Operação Lava Jato que seriam de fachada, além de operações de crédito em favor de empresas do grupo do empresário Eike Batista e do setor frigorífico, recusou ontem, por 15 votos a 9, a convocação dos empresários Joesley e Wesley Batista, donos da holding JBS/Friboi.

Entre os que votaram contra a convocação dos empresários está o deputado federal do PMDB goiano, Daniel Vilela. O deputado Carlos Melles (DEM-MG), um dos autores do requerimento, criticou a recusa dos deputados. “A não convocação é a negação da CPI”, disse o democrata relacionando o resultado a financiamento de campanhas eleitorais feito pela JBS.

Na campanha de 2014 o então candidato Daniel Viela, que é filho do prefeito de Aparecida de Goiânia, cidade da região metropolitana, Maguito Vilela, recebeu R$ 250 mil em doações da Friboi. Vilela foi o deputado federal mais votado do PMDB. Daniel também foi um dos mais ferrenhos defensores da permanência de Júnior Friboi, irmão dos controladores da JBS, nos quadros do PMDB. Júnior Friboi foi expulso do partido em junho deste ano acusado de infidelidade partidária.

Contratos da empresa com o BNDES são mantidos em sigilo e suspeita-se que a JBS deva mais de R$ 30 bilhões ao banco. Sem a oitiva dos protagonistas, no caso os irmãos Joesley e Wesley Batista, a CPI está definitivamente esvaziada.

Continue Reading

Copyright © 2020 - Nos Opinando - Liberdade de opinião em primeiro lugar.