A pré-candidatura de Ronaldo Caiado (UB) à Presidência da República começa a incomodar setores do governo federal e preocupa aliados do presidente Lula. A tensão veio a público com o embate recente entre o governador de Goiás e a ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT).
A troca de acusações revela que Caiado passou a ser visto como uma ameaça real no cenário político nacional. O estopim do conflito foi a denúncia de que haveria envolvimento do crime organizado no ramo de postos de combustíveis em Goiás. Caiado reagiu com veemência, classificando a acusação como fake news, criada, segundo ele, com o objetivo de “manchar sua reputação política”.
Para o governador, trata-se de uma ação orquestrada para enfraquecer sua imagem em um momento em que ganha projeção nacional como nome viável à sucessão de Lula. Em resposta às críticas de Gleisi, Caiado endureceu o tom: “Quem tem um histórico de conivência com o crime organizado é o presidente Lula e os governos do PT.”
O governador afirmou que a ministra age com “memória seletiva” ao tentar responsabilizá-lo. “Já são quase dois anos e meio e não há notícia de uma operação sequer do Governo Federal contra os núcleos das facções que hoje dominam o Brasil”, declarou. A escalada retórica e a tentativa de ligar o governo federal à inação frente ao crime organizado expõem o quanto a pré-candidatura de Caiado já interfere no tabuleiro político de 2026.
Governador goiano já havia denunciado
Ao elevar o tom nas críticas à inação do governo Lula diante da infiltração do crime organizado na economia, Caiado lembra que já havia denunciado publicamente o avanço dessa prática criminosa, inclusive no setor de usinas e postos de combustíveis, mas reforçou que o Governo Federal nunca fez nada.
Para o goiano, é urgente que ações efetivas e coordenadas sejam tomadas contra esse avanço silencioso e estruturado do crime organizado na economia do país.
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