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Política

Crítica de Marconi a aliados que apoiaram Caiado aumenta desconforto no ninho tucano

Ex-governador, em entrevista ao jornalista Jackson Abrão, disse, em alusão a companheiros que teriam apoiado o governador Ronaldo Caiado nas últimas eleições, que “tem gente que gosta de estar à sombra do poder, mas que geralmente não chegam a nada”

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Ex-governador Marconi Perillo foi o entrevistado do quadro Jackson Abrão Entrevista desta segunda-feira (15/05)

Teria causado mal estar no já esvaziado ninho tucano goiano as declarações do ex-governador de Goiás e presidente do PSDB no Estado, Marconi Perillo, dadas ao jornalista Jackson Abrão, do jornal O Popular, nesta segunda-feira (15/05). Em alusão aos correligionários que apoiaram a reeleição do governador Ronaldo Caiado (UB) no ano passado, Perillo teria insinuado que aqueles que optaram por esse apoio são, na realidade, bajuladores do poder. “No geral, os políticos gostam da sombra do poder, das benesses do poder. Geralmente essas pessoas que fazem isso não chegam a nada”, criticou.

Nos bastidores, o que prevaleceu, após as declarações de Marconi, foi o desconforto entre correligionários tucanos. No ano passado, muitos prefeitos do PSDB, e outras lideranças municipais, resolveram apoiar o projeto do atual governador, sustentados pela convicção de que Caiado faz um bom governo, sobretudo republicano e municipalista, e também porque o tucanato não tinha um candidato ao executivo estadual. Entre os prefeitos que apoiaram Ronaldo Caiado, está Carlos Alberto Leréia, prefeito de Minaçu, um dos mais próximos de Marconi Perillo.

Em privado, desde o fim das eleições, tucanos criticam a postura do ex-governador e presidente da sigla, o qual, dizem, não tem atuado para construir uma agenda efetivamente partidária, preferindo agir mais para tentar salvar a sua própria imagem. A falta de agendas no interior, a desarticulação dos diretórios e comissões provisórias nos municípios e a ausência de interlocução com o diretório nacional são apontados como entraves para a salvação do partido em Goiás.

Com as eleições municipais de 2024 no horizonte, a preocupação aumenta, já que os filiados nos municípios do interior não têm a certeza de que reunirão condições políticas legais para disputar o pleito, ou se terão alguma repercussão política que os permita integrar uma coligação capaz de sustentar suas pretensões nessas localidades. Diante desse risco, muitos gestores e lideranças municipais até então filiados ao PSDB deixaram o partido e buscaram abrigo em outras legendas que os permitam tocar seus projetos com vistas às eleições do ano que vem.

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