Como já havia sido adiantado por emedebistas próximos do presidente estadual da legenda, o vice-governador Daniel Vilela não demonstra interesse em estabelecer diálogo com o prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (Republicanos), acerca da eleição municipal do ano que vem. Segundo tem dito os aliados, Daniel quer evitar qualquer tipo de especulação sobre a possibilidade de embarque do MDB no projeto de reeleição de Cruz. O assunto foi tema da coluna Giro, do Jornal O Popular de hoje (06/06).
Em entrevista ao jornalista Jackson Abrão nesta segunda-feira (05/06), Rogério Cruz chegou a dizer que teria uma pré-agenda acertada com Daniel Vilela, para, segundo ele, tratarem de uma eventual composição partidária visando as eleições de 2024. Cruz tem usado o argumento de que a bancada do MDB na Câmara Municipal, formada por seis vereadores, estaria fechada com ele, inclusive para 2024, mas aliados reforçam que esse acerto com vereadores não terá repercussão para a eleição do ano que vem.
Como já havia sido publicado pelo Blog, os emedebistas afirmam que o MDB terá candidato próprio ao Paço nas eleições do ano que vem, e, como já foi dito mais de uma vez pelo próprio presidente, o partido trabalha com o nome de Ana Paula Rezende, filha do ex-prefeito e ex-governador Iris Rezende Machado, para encabeçar a disputa pela prefeitura de Goiânia em 2024. A empresária, no entanto, ainda não se manifestou sobre a possibilidade de disputar a eleição, embora seja citada como a candidata dos sonhos do MDB.
“A bancada do MDB na Câmara cobra mais espaço no primeiro escalão do Paço, e cabe ao prefeito, a partir de suas análises, atender esse pleito ou não, mas isso terá o objetivo de garantir apoio no legislativo e não irá repercutir em garantia de alianças partidárias para a eleição de 2024”, explicaram.
Para analistas, uma aliança entre o MDB de Vilela e o prefeito Rogério Cruz dificilmente acontecerá, sobretudo pela forma que se deu o rompimento entre os dois em 2021, pouco depois de Cruz assumir definitivamente a prefeitura em virtude da morte do titular, Maguito Vilela, pai de Daniel. Além disso, soma-se o fato de que a gestão do republicano não tem sido bem avaliada pela população goianiense, o que acaba fortalecendo o desejo do MDB de voltar ao Paço e, nas palavras de um emedebista, fazer a gestão que Maguito sonhou para Goiânia.