“Não existem condições mínimas para concessão de reajustes neste ano”. Com essas palavras, o Secretário-Chefe da Casa Civil de Goiás, José Carlos de Siqueira, sacramentou o calote nos funcionários públicos estaduais, negando-lhes o direito constitucional de reajuste salarial anual.
A informação é da Coluna Giro, do Jornal O Popular desta terça-feira, 11/08. Segundo a nota do jornalista Jarbas Rodrigues, “O governo descartou enviar para a Assembleia Legislativa neste ano o projeto da data-base dos servidores, que concederia a reposição inflacionária (próxima a 6%) dos 12 meses anteriores a maio deste ano.”
Essa é mais uma atitude do governo cuja consequência é o prejuízo no bolso do servidor público. Desde que assumiu para o seu quarto mandato, Marconi Perillo tem tomado uma série de medidas que prejudicaram os funcionários públicos, como o parcelamento de salários, a postergação do recebimento do quinquênio e a limitação do abono de faltas justificadas. Tudo em nome do arrocho financeiro e do reequilíbrio das contas públicas.
O Data-base deveria ter sido pago em maio e não configura aumento de salário, mas tão somente a reposição das perdas salariais em virtude da inflação do período. Com um déficit mensal no caixa do Estado que já ultrapassa R$ 1,5 bilhão, o Governo Perillo diz que não tem como honrar esse compromisso. Resta saber se os servidores aceitarão passivamente mais essa tunga nos seus contra-cheques.