Com o fim das coligações para as eleições proporcionais, medida que vale também para as eleições do ano que vem, os partidos políticos passaram a ter uma preocupação a mais para a formação de chapas competitivas para disputar cadeiras tanto na Câmara dos Deputados como nas assembleias legislativas.
A representatividade no Congresso Nacional é fundamental para o fortalecimento do partido. Uma das estratégias que, em tese, poderia contribuir para o sucesso das eleições proporcionais seria o lançamento de candidatura própria para o principal cargo da eleição majoritária, ou seja, no caso de 2022, para governador.
É fato, no entanto, que nem todos os partidos conseguirão lançar seu próprio candidato e aí as alianças são inevitáveis, sobretudo para garantir um representante da legenda concorrendo a um dos outros dois cargos da chapa majoritária: senador ou vice-governador.
Em Goiás, esse é o dilema que enfrenta, por exemplo, o PSD de Vilmar Rocha, e o MDB, de Daniel Vilela, que ainda não decidiram se lançarão candidatos a governador de Goiás no ano que vem. Vilmar Rocha, embora admita que o ideal seria ter candidato próprio, já adiantou que será muito difícil o PSD ter o seu e que a tendência é mesmo a formação de alianças com outros partidos, como também já é admitido pelo PSB de Elias Vaz.
Já o MDB discute internamente a melhor opção, com uma corrente majoritária defendendo alianças com o governador Ronaldo Caiado (DEM) e outra, em menor número, apostando na candidatura própria. Dirigentes e integrantes dos partidos, no entanto, são unânimes em um ponto: para o sucesso nas eleições proporcionais é fundamental que os partidos tenham uma chapa majoritária competitiva para ancorarem suas candidaturas para o legislativo.
Sem isso e sem as coligações, a maioria dos partidos terão muita dificuldade para atingir o quociente eleitoral para garantir-lhes cadeiras no parlamento, principalmente no federal, condição que garante às siglas acesso ao tempo de televisão e aos recursos do fundo partidário.