Celebrada como a principal aposta do MDB goiano para retornar ao Paço em 2025, Ana Paula Rezende, filha do ex-prefeito e ex-governador de Goiás, Iris Rezende Machado, e da ex-deputada Dona Íris de Araújo, estaria aguardando um último encontro com o governador Ronaldo Caiado (UB) para decidir sobre possível candidatura à prefeita de Goiânia nas eleições do ano que vem. Segundo um aliado, como se trata de um nome da base aliada, a conversa com Caiado é fundamental para que a emedebista bata o martelo sobre o pleito de 2024.
Presidente estadual do MDB e vice-governador de Goiás, Daniel Vilela voltou a reafirmar a expectativa do partido em ter Ana Paula Rezende como candidata à sucessão municipal na capital no ano que vem. Vilela, que já havia chamado a emedebista de “a candidata dos sonhos do MDB”, disse que o partido deposita total confiança no nome da filha de Iris Rezende.
“A Ana Paula, sem dúvida nenhuma, é alguém que a gente deposita total confiança e muita expectativa no seu futuro político. Ela tem a experiência de ter vivido os últimos anos ao lado do seu pai, fato que a credencia, a gabarita para o desafio político, para dar sequência a esse legado de Iris Rezende”, afirmou Daniel Vilela em entrevista à Rádio CBN. O presidente emedebista ponderou, no entanto, que a decisão de disputar a prefeitura de Goiânia no ano que vem é uma decisão pessoal de Ana Paula. “Então, nós vamos aguardar, tudo no tempo dela, mas, naturalmente, nós a temos como uma grande estrela do partido, alguém com muito potencial”, completou.
Outro importante passo dado pelo MDB goiano no sentido de contar com Ana Paula Rezende no pleito do ano que vem foi o espaço concedido à emedebista nas pílulas do partido no rádio e televisão. Esse destaque dado a Ana Paula reforça a tese de que o partido trabalha firmemente com a possibilidade de lançá-la na disputa ao Paço em 2024. Na peça, a emedebista aparece ao lado de Daniel Vilela, vice-governador de Goiás e presidente do MDB goiano, e tem também espaço exclusivo, onde faz referência aos seus pais e a outras lideranças da legenda, como Maguito Vilela, pai de Daniel.
Em defesa do nome de Ana Paula para encabeçar a disputa, correligionários explicam que a emedebista é uma política pronta para o desafio, já que ela não é, como alguns teimam em dizer, uma neófita na política. Para os aliados mais próximos, a filha de Iris Rezende Machado e de Dona Íris de Araújo, dois dos maiores nomes da política goiana, é uma política nata, não só por ter nascido no que se pode chamar de “berço esplêndido da política goiana”, mas porque, ao longo de quase 40 anos, acompanhou a saga dos pais nas várias campanhas eleitorais e administrações de sucesso exercidas por Iris Rezende, tanto na esfera municipal, quanto estadual.
Força política e eleitoral
Para analistas e políticos goianos, o nome de Ana Paula Rezende possui uma grande viabilidade política e eleitoral, sobretudo pelo apoio de peso que ela teria capacidade de reunir em torno do projeto de chegar ao Paço, caso decida concorrer. O cientista político Lehninger Mota avalia que se apoiada pelo governador Ronaldo Caiado, hoje com uma avaliação positiva em torno de 76% em Goiânia, a emedebista se viabilizaria com uma força muito grande, se apresentando como uma candidata muito forte.
“O que vai garantir a força do nome da Ana Paula é o apoio do MDB, o que parece óbvio, e do União Brasil, do governador Ronaldo Caiado. Aí é uma candidata muito, muito forte, porque nós temos os dois maiores partidos e temos o legado do Iris, que é uma coisa que não podemos nunca descartar dentro de Goiânia”, avalia.
Para a também cientista política Ludmila Rosa, Ana Paula carrega um DNA de muita representatividade político/eleitoral, que está na memória do povo goiano como aquele que mais obras e realizações fez em Goiânia, e isso, na sua opinião, deve pesar a favor da emedebista.
“Impossível ignorar o conteúdo político que acompanha Ana Paula Rezende e o fato que sua imagem há muito já foi intimamente associada à de seu pai. Isso, numa eleição majoritária, ajudaria. Ademais, é uma mulher sem rejeição e com juventude para imprimir suas digitais na política goiana”, avalia Ludmila.
