Embora seja negado pela Secretaria da Fazenda do Estado, o déficit nas contas públicas de Goiás foi de R$ 1,27 bilhão no primeiro semestre de 2016. Os dados são do Sistema de Informações do Tesouro Nacional e consideram a diferença entre as receitas no período e as despesas empenhadas (gastos com os quais o estado se comprometeu, mas não necessariamente pagou). Em 2015 esse rombo foi de R$ 1,885 bilhões. Se considerados os juros da dívida, o déficit de Goiás sobe para R$ 2,05 bilhões.
O relatório aponta, ainda, que o Governo de Goiás investiu, nesse primeiro semestre, apenas 24% do que havia sido projetado para o ano, que era R$ 3,4 bilhões. Foram aplicados R$ 826 milhões. Se levar em conta o que já foi quitado até então, o Estado utilizou apenas R$ 285 milhões para investimentos, 8,4% da verba prevista para este ano.
Os dados do Tesouro, quanto ao déficit primário, não levam em conta o rombo na Conta Centralizadora do Estado, que em dezembro de 2015 atingiu R$ 2,1 bilhões. Naquele ano o Estado não cumpriu as vinculações constitucionais da educação, saúde e nem da cultura. Em relatório, a área técnica do Tribunal de Contas do Estado disse que o Governo usou de “contabilidade criativa” para fechar suas contas.
