Publicado na última quinta-feira (30), o demonstrativo simplificado do Relatório Resumido da Execução Orçamentário da Prefeitura de Goiânia aponta que a gestão Rogério Cruz, que findou em 31 de dezembro passado, encerrou o mandato com um déficit orçamentário, apurado pela diferença entre receitas realizadas (R$ 9,145 bilhões) e despesas empenhadas (R$ 9,534 bilhões) de R$ 389,3 milhões. Em todo ano passado, a Prefeitura liquidou R$ 9,486 bilhões das despesas empenhadas e pagou efetivamente R$ 9,3 bilhões.
Segundo o relatório, a diferença entre o que foi empenhado e o que foi efetivamente pago foi de R$ R$ 234 milhões. O executivo municipal inscreveu em restos a pagar o total de R$ 78,5 milhões, sendo R$ 31,5 milhões de restos a pagar processados e outros R$ R$ 47 milhões não processados. Os valores em aberto apresentados na contabilidade oficial do município de Goiânia divergem, e muito, daqueles resultados apresentados pela atual gestão de Sandro Mabel, que alega ter herdado um rombo superior a R$ 3 bilhões.
O relatório apresentado pela equipe de transição de Mabel indicou a existência de dívidas reconhecidas, mas sem orçamento e que não foram empenhadas pela gestão anterior. A atual gestão incluiu na estimativa de rombo o passivo apurado da Comurg e também no Imas, que respondem, juntos, por cerca de 80% dos déficits alegados, cerca de R$ 2,5 bilhões.
Já o Demonstrativo de Disponibilidade de Caixa e dos Restos a Pagar consolidado, divulgado pela Prefeitura, aponta que o ex-prefeito Rogério Cruz teria deixado em caixa o valor de R$ 653,5 milhões, sendo R$ 81,4 milhões de recursos não vinculados e R$ 572,1 milhões vinculados, apurados depois da inscrição dos restos a pagar não processados. Os maiores valores estão vinculados à educação (R$ 52,7 milhões) e à saúde (R$ 59,5 milhões).
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