“Se você falar para o eleitor humilde da periferia (sobre gestor), ele vai perguntar gestor é de comer ou de beber?”. Foi essa a ironia que o deputado Federal mais votado de Goiás, Delegado Waldir Soares (PSDB), usou, em entrevista ao Jornal Opção, para defender a ideia de que Goiânia não precisa de um gestor e sim de pessoas que queiram administrar a cidade, que conheçam a capital.
A fala do deputado se deu no contexto em que criticava o fato do PSDB não enxergá-lo como um potencial candidato à Prefeitura de Goiânia em 2016. “Nas pesquisas mais recentes que têm chegado até mim, eu apareço sempre em primeiro ou segundo lugar na preferência do povo”, justifica.
Waldir acredita que os 170 mil votos que teve em Goiânia o credenciam a pleitear o direito de disputar o comando do Paço nas próximas eleições. Para o delegado deputado, Goiânia “precisa de um xerife. Um educador. Um arquiteto. Alguém que entenda de limpeza urbana. Mas, que ande com o povo e não fique em gabinetes, no ar-condicionado”.
Durante a entrevista, Waldir Soares reafirmou que pode deixar o PSDB, caso o partido insista num candidato de laboratório, disse se referindo a Jaime Rincon, o candidato preferido de Marconi Perilllo.
O que se percebe, entretanto, é que o delegado deputado ainda não se deu conta de que, numa eleição majoritária, dificilmente o seu discurso populista e “justiceiro” será assimilado por aqueles que ele chama de “eleitor humilde da periferia”.