Em entrevista à Coluna Giro, do Jornal O Popular, assinada pelo jornalista Caio Salgado, o deputado estadual Maycllyn Carreiro, do PRTB, criticou a proximidade que o prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha, agora ex-MDB, vem construindo com o ex-governador Marconi Perillo (PSDB) e com o presidente da Federação das Indústrias de Goiás (Fieg), Sandro Mabel.
De acordo com o parlamentar, Gustavo age como “curva de rio”, uma expressão popular que indica aquele local onde os entulhos se concentram. “Mendanha é como curva de rio, porque só junta quem espoliou o Estado durante 20 anos. É Mabel, é Marconi Perillo e outros”, afirmou, se referindo à hegemonia política do famigerado “Tempo Novo”, grupo liderado pelo ex-governador tucano, que ascendeu ao governo em 1998 e terminou com a derrota de José Eliton à reeleição em 2018.
Com a vitória de Ronaldo Caiado (DEM) para o Governo de Goiás naquele ano, uma série de irregularidades fiscais e financeiras nas contas públicas do Estado foram reveladas desde então e, de acordo com Maycllyn, o povo goiano não quer a volta do que ele chama de “retrocesso”. “Esse selo 3M (Mendanha, Mabel e Marconi) simboliza tudo de ruim e de retrocesso que o goiano já expurgou”, frisa.
Para deixar o MDB, partido que o projetou para a política, Gustavo Mendanha alegou que a cúpula da legenda em Goiás não teria tomado uma decisão democrática ao antecipar a aliança com o DEM do governador Ronaldo Caiado. Daniel Vilela, que preside o MDB em Goiás, nega e lembra que fez uma ampla consulta aos 160 diretórios constituídos do partido e que 146 deles avaliaram que o melhor caminho para a legenda neste momento seria firmar uma aliança com Ronaldo Caiado para as eleições do ano que vem.
Segundo Daniel, Mendanha estaria se deixando usar por pessoas que querem apenas utilizá-lo como uma peça na construção de uma oposição ao atual governador Ronaldo Caiado.