A ativista política e neo-peemedebista, Viviane Mota Freitas, reagiu com ironia diante da notícia divulgada de que o senador Ciro Nogueira, presidente nacional do PP, teria lançado o Governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB) à presidência da República em 2018. “Meu maior sonho é tê-lo como candidato pelo nosso partido”, teria dito Ciro Nogueira a Marconi Perillo durante evento de filiação do senador Wilder Morais, ex-DEM, que se filiou ao PP de Nogueira na última segunda-feira em Goiânia.
“Deus nos livre, a nós goianos e a todos os brasileiros, de sermos governados por tamanha incompetência”, disse a jovem de 36 anos, engajada na luta contra a corrupção em Goiás e no Brasil. Para Viviane, a fala do Senador, denunciado recentemente pelo PGR Rodrigo Janot ao Supremo Tribunal Federal por seu envolvimento nos desvios de dinheiro da Petrobrás, desvendados pela Operação Lava Jato da PF, é um proselitismo barato de que não tem a mínima noção do que se passa em território goiano e é usada pelos governistas apenas para tirar o foco da grave crise que o Estado enfrenta, “apesar do cabo eleitoral não passar credibilidade alguma”, pontua.
Viviane lembra que o Estado de Goiás atravessa um de seus piores momentos financeiros da história, fruto da má gestão acumulada de Marconi Perillo. Parcelamento de salários, calote no data-base dos servidores, corte de direitos e índices de criminalidade nunca vistos por essas terras, são algumas das realidades enfrentadas pelo goianos que desautorizam o sonho de Ciro Nogueira. “A dívida consolidada do Estado subiu 114% nos últimos 15 anos, dos quais 12 estiveram diretamente sob o comando de Perillo. O rombo na conta centralizadora é de R$ 1,4 bilhão e o déficit mensal é de R$ 450 milhões, segundo números da própria Sefaz. É possível alguém que governa tão mal seu estado se viabilizar candidato a Presidente da República e ter sucesso?”, pergunta.
Mota chama atenção, ainda, para as pedaladas fiscais cometidas pelo Governo tucano em Goiás, que são superiores, proporcionalmente, as pedaladas de Dilma Roussef. “Estão querendo derrubar a Dilma e uma das alegações, que sustentam o pedido de impeachment que está para ser votado na Câmara, é justamente as pedaladas fiscais. Aqui em Goiás não foi diferente. Perillo também as cometeu, logo, se cair a Dilma, por respeito a uma justiça imparcial, o Governo de Goiás deve cair também. Pau que bate em Chico, bate em Francisco”, lembra.