Dívida do Estado de Goiás já é superior a R$ 20,7 bilhões. Em 16 anos
aumento foi de 156%.

Segundo dados do Banco Central, a dívida contratual interna do Estado de Goiás, aquelas contraídas junto ao Tesouro Nacional e ao Sistema Financeiro Nacional, já chega a R$ 20,7 bilhões, sendo R$ 20,3 bilhões da administração direta e R$ 370 milhões de empresas estatais, cujo Estado é garantidor. Em 16 anos a dívida do Estado cresceu 156%.

Em dezembro de 2000, fim do segundo ano do primeiro mandato de Marconi Perillo (PSDB), a dívida de Goiás era de pouco mais de R$ 8 bilhões. No final de 2014 esse valor mais do que dobrou e chegou a R$ 17,3 bilhões e chega agora, em março de 2016, a R$ 20,7 bilhões. Para se ter uma ideia do tamanho da dívida, o orçamento fiscal do Estado para 2016, considerando apenas as receitas do Tesouro Estadual, é de R$ 15,8 bilhões.

Na atual conjuntura, a dívida de Goiás revela-se impagável e os recursos estão cada vez mais escassos. Isso justifica o empenho do Governo de Marconi Perillo para aprovação do alongamento da dívida dos estados junto a União, além da mudança do cálculo de juros compostos para juros simples. A situação é tão grave que Marconi Perillo, juntamente com outros governadores do centro-oeste, tem falado até em aplicar uma moratória de no mínimo um ano no pagamento da dívida.

Se R$ 20,7 bilhões já é um valor fora da realidade do Estado, que não se justifica, haja vista não haver infraestrutura no Estado que consubstancie tal endividamento, Marconi Perillo já foi autorizado pela Assembleia Legislativa a assumir a dívida da CELG com a Caixa Econômica Federal no valor de R$ 2,5 bilhões. Assim que a Estatal for vendida, e seja pelo preço que for, Goiás deverá assumir mais esse rombo astronômico, já que o pagamento da dívida é condição primeira para a privatização da companhia goiana.