Os números da violência em Goiás cresceram assustadoramente 240% em 18 anos. Desde 1999, primeiro ano do primeiro mandato do Governador Marconi Perillo (PSDB), Goiás saiu de 18º mais violento do País para a incômoda posição de 6º pior, segundo o Mapa da Violência 2016. A falta de investimentos na área da segurança pública e a falta de estrutura das polícias goianas são os maiores problemas no Estado, mas o Governador Marconi Perillo encontrou um novo culpado para a violência absurda que assola os goianos.
Em nota de repúdio ao ocorrido na tarde de ontem, 28/09, em Itumbiara, cidade a 200 km de Goiânia, onde um homem matou a tiros o candidato à Prefeito da cidade, José Gomes da Rocha e feriu o vice-Governador e Secretário de Segurança Pública, José Eliton, durante uma carreata na cidade, Marconi Perillo, sem nenhuma informação sobre as motivações do crime, politizou a barbárie e culpou a oposição goiana pelo ocorrido: “infelizmente, este ato de violência é estimulado pela agressividade e virulência de alguns líderes da oposição em Goiás”, disse o chefe do executivo goiano.
A declaração do governador, além de intempestiva, está carregada de irresponsabilidade, algo indigno a um chefe de estado, que, num momento de comoção e perplexidade, deveria ter tido a sensibilidade de usar um discurso de apaziguamento, que pudesse conduzir a todos a um ambiente de paz. Ao contrário, Marconi Perillo soa beligerante, e com seu discurso de ódio, que tem o condão de esconder sua própria incompetência, tenta atribuir a oposição as consequências de sua omissão.
O Cabo da PM, Vanilson João Pereira, também morreu durante o tiroteio e o advogado, Célio Rezende, que acompanhava José Gomes na carreata, foi atingido por um disparo e está internado no Hugol, em Goiânia.
