Em Editorial intitulado “Estelionato a Prazo”, a Folha de São Paulo chama a atenção para os casos de estelionatos eleitorais praticados pelo Brasil a fora desde a última eleição, em outubro de 2014. “O quadro de deterioração econômica era previsível. Talvez não com a intensidade que hoje se verifica, mas já se podia calcular, com base nos indicadores do segundo semestre de 2014, que 2015 não passaria sem grandes dificuldades”. Assim inicia o emblemático artigo.
Continuando, o Jornal destaca o cinismo das ações perpetradas pelos executivos estaduais que, embora soubessem da real situação da própria administração, esconderam as dificuldades em campanha e firmaram compromissos de não tomar certas medidas se eleitos. “As discrepâncias, dizem, explicam-se pela necessidade de aumentar o caixa num período de forte recessão. Diante da penúria na arrecadação, continua o argumento cínico, torna-se imperativo adotar medidas que, em outro contexto, jamais seriam encampadas”, segue pontuando o Editorial da Folha.
Segundo a Folha, em 2014 o descompasso entre a realidade e o mundo fabricado pelos publicitários atingiu níveis alarmantes. Em relação a Goiás, a Folha diz que a população foi surpreendida em maio, quando a Celg D (distribuidora de eletricidade) foi incluída no Programa Nacional de Desestatização. “Em 2014, Marconi Perillo (PSDB) havia prometido que a empresa continuaria a ter participação estatal”, diz a publicação.
“Não espantará se surgirem novos exemplos; dificilmente algum candidato terá vencido disputas acirradas dizendo somente verdades”, vaticina o Editorial. Em Goiás, do tucano Perillo, podemos afirmar que novos casos são públicos e notórios. O tucano venceu as eleições prometendo cumprir a data-base dos servidores e a respeitar outros direitos adquiridos da categoria, além de baixar os absurdos números da violência em Goiás. Nada disso foi cumprido e, na contra-mão do discurso de campanha, aumentou Icms, IPVA, ITCD e suspendeu a isenção de IPVA para carros com mais de 10 anos de uso, além de paralisar praticamente todas as obras iniciada no ano das eleições.
Leia o Editorial da Folha clicando aqui
