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Política

Em gesto de desespero, Rogério Cruz ataca gestão Iris Rezende e causa indignação nas redes

Em vídeo postado no seu perfil no Instagram, o atual prefeito de Goiânia e candidato à reeleição distorce informações e contraria relatórios divulgados pela própria prefeitura

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Em ato de desespero pelo baixo desempenho eleitoral nas pesquisas de intenção de voto, Rogério Cruz ataca gestão anterior

Um dos últimos colocados nas pesquisas de intenção de voto para prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (Solidariedade) causou indignação ao publicar vídeo onde critica a gestão Iris Rezende e distorce números divulgados pela própria Prefeitura de Goiânia. Enfrentando alto índice de rejeição, Cruz, que chegou ao Paço depois da morte de Maguito Vilela, candidato que efetivamente venceu as últimas eleições na capital, diz no vídeo que no último ano de sua gestão Iris teria investido apenas R$ 29 milhões, o que não é verdade.

De acordo com o Relatório Resumido da Execução Orçamentária (RREO), referente ao exercício de 2020, os investimentos empenhados no município de Goiânia foram de R$ 400,36 milhões. Desses, R$ 396,34 milhões foram efetivamente liquidados e R$ 390,56 milhões foram pagos no último ano da gestão Iris Rezende. Em nenhum dos quase quatro anos da sua gestão, Rogério conseguiu superar o volume de investimentos realizados por Iris em 2020.

Noutro ponto, Rogério Cruz vangloria-se do fato de Goiania ter alcançado a nota máxima na Capacidade de Pagamento (Capag). O que ele não explica, no entanto, é que a Nota A da capital em 2021 se consubstanciou nos resultados da gestão de 2020, de Iris Rezende, já que o resultado divulgado tem como base os números dos três anos anteriores. Quando o emedebista assumiu, em 2017, Goiânia era Nota C na Capag, em 2018 subiu para B e passou a ter autonomia para contrair empréstimos com aval da União.

Quanto à Dívida Consolidada do município, outro ponto abordado por Rogério Cruz, o valor anotado ao final do terceiro quadrimestre de 2020 era de R$ 1,59 bilhão, menor do que o valor inscrito ao final de 2023, que era de R$ 1,61 bilhão, segundo relatórios divulgados pelo próprio Paço.

Rogério soa incoerente quando se vangloria de ter desistido de mais de R$ 300 milhões de empréstimos contraídos pela gestão Iris Rezende, mas agora faz todo empenho para concluir uma operação de crédito superior a R$ 700 milhões, a menos de quatro meses do fim da sua gestão. O impacto nas finanças do município, caso Rogério consiga seu intento, será de um aumento de mais de 40% no valor da Dívida Consolidada. É preciso pontuar, também, que o empréstimo contraído por Iris se deu em 2019 e não em 2020, como afirma Rogério Cruz.

Desespero

Os ataques de Rogério Cruz à gestão Iris Rezende, ainda que faça parte de uma estratégia desesperada de campanha, causa indignação pelo fato de não retratar a verdade sobre a administração de um dos maiores líderes da política goiana, reconhecido pela transformação que fez na capital durante seus quatros mandatos à frente do Paço. É preciso, dizem os analistas, contextualizar a gestão Iris Rezende, que recebeu a administração municipal com um rombo de quase R$ 1 bilhão no caixa e um déficit mensal de R$ 31 milhões, além de uma folha da saúde em aberto, que em janeiro de 2017, primeiro ano do quarto mandato do emedebista, somava R$ 45 milhões.

Iris equilibrou as contas da prefeitura, fez investimentos, equacionou o déficit previdenciário, realizou obras estruturantes por toda a cidade e destravou a obra do BRT Norte-Sul, pagando a contrapartida da prefeitura, ação necessária para a continuidade da obra. O emedebista criou todas as condições para que Rogério Cruz, sucessor de Maguito, pudesse fazer uma gestão responsável e de entregas. Ao final da sua gestão, Iris deixou mais de R$ 400 milhões disponíveis em caixa, sem nenhuma vinculação, e outros R$ 337 milhões em créditos do financiamento com a Caixa prontos para serem sacados, o que seria mais do que suficiente para que Rogério terminasse as obras iniciadas.

No entanto, a atual gestão foi incapaz de realizar as entregas das obras iniciadas por Iris, mesmo com o volume de recursos em caixa deixado pelo emedebista. O atual prefeito, que desistiu de parte do empréstimo já contratado com a Caixa, hoje luta desesperadamente para concluir a operação de crédito de R$ 710 milhões, segundo acusam seus adversários, não para investir em obras para a cidade, mas para fechar suas contas.

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