A violência em Goiás cresceu 230% no período compreendido entre 1999 e 2014. Nesse período Marconi Perillo, atual governador no exercício do quarto mandato, esteve à frente do executivo por 12 anos e, por três anos do governo Alcides Rodrigues, seu sucessor, mandou igualmente no Estado. Rompeu com Alcides no último ano daquele governo e por isso mesmo vetou o acordo que salvaria a Celg.
Em 15 anos, Goiás saiu de 18º estado mais violento do país para a horrorosa condição de 4º estado onde mais se mata no Brasil. Goiânia, sua capital, sob o governo de Perillo, foi alçada a condição de 28ª cidade mais violenta do mundo em 2013 e em 2014 chegou a ser considerada a 23ª cidade mais perigosa do planeta.
A causa desse absurdo, em grande parte, se deve ao déficit de policiais militares no Estado. Enquanto a ONU diz que o ideal seria 1 policial militar para cada grupo de 250 moradores, Goiás tem metade disso, algo em torno de 1 policial para cada grupo de 500 pessoas, e muito deles em atividades administrativas.
Não obstante, o Governo de Perillo, cujo próprio governador aprovou lei que aumenta o efetivo da força policial para pouco mais de 31 mil policiais, insiste em descumprir decisão judicial que o mandou convocar os últimos aprovados em concurso da Polícia Militar. No total, 1.421 futuros policiais aguardam convocação desde 2012. Irresponsável pela própria incompetência, o Governo de Marconi não consegue efetivar o chamamento e a população continua sofrendo.
O Governo alega falta de recursos. Diz que não teria como suportar o impacto na folha, algo em torno de R$ 8 milhões/mês, ou pouco mais de 1% da atual obrigação mensal com salários. A desculpa é que isso poderia extrapolar os limites da LRF, o que levaria o Estado a sofrer sanções.
Junto com a violência, a dívida pública consolidada do Estado subiu astronomicamente desde que Perillo assumiu o Estado: saltou de R$ 8,1 bilhões para R$ 17,3 bilhões em 15 anos. O rombo no caixa do estado é de R$ 1,5 bilhão e o gasto com pessoal pode atingir 46,81% ao final desse primeiro ano do seu quarto mandato. Irresponsabilidade de um lado e incompetência de outra obrigam os cidadãos goianos a conviverem com a falta de segurança e com o medo, o que acaba diminuindo, e muito, a qualidade de vida do goiano.