Quase duas dezenas de entidades representativas do setor produtivo goiano, dos municípios, de classes e sindicatos de empregados na indústria do Estado de Goiás manifestaram publicamente, em carta aberta à população, agradecimento ao governador Ronaldo Caiado (UB) pelo que chamaram de grandeza e coragem de se colocar contra o projeto de Reforma Tributária que está tramitando no Congresso Nacional. Reafirmando o que vem sendo colocado pelo chefe do executivo goiano, as entidades avaliam que, se aprovada da forma como está sendo discutida, a reforma causará grandes perdas para Goiás e para a população.
“As entidades vêm agradecer ao governador Ronaldo Caiado pela grandeza e coragem de defender o futuro dos goianos, pois a proposta de Reforma Tributária, que está tramitando no Congresso Nacional, causará grandes perdas para o nosso Estado e para nossa gente”, diz o manifesto publicado na imprensa goiana nesta sexta-feira (16/06).
De relatoria do deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), o projeto da Reforma Tributária prevê a implantação de um Imposto sobre Valor Agregado (IVA) e a unificação da cobrança de tributos como IPI, PIS, Confins, ICMS e ISS, criando o Imposto Sobre Bens e Serviços (IBS). De acordo com Ronaldo Caiado, que tem defendido o fatiamento da proposta, o projeto culminará com uma concentração maior de arrecadação da União, retirando a sobrevivência dos demais entes da federação, e que isso vai inibir a expansão econômica de estados como Goiás.
“Com o potencial que Goiás tem – nós já crescemos 2,5 vezes mais que o Brasil em 2022 – não podemos ser submetidos a uma regra que venha tirar todo esse desempenho. Isso é danoso”, explica o governador, lembrando que a reforma impedirá, também, a concessão de incentivos fiscais como forma de atração a novos negócios para o Estado.
Na carta, as entidades, que congregam os maiores geradores de empregos do Estado, fazem coro ao governador e ressaltam que o Brasil não pode errar na Reforma Tributária, uma vez que o custo será alto, gerando mais desigualdade e menos progressos e oportunidades para os brasileiros em geral. Para o setor produtivo goiano, a proposta de uma única alíquota parece simples, mas, segundo eles, causará um aumento enorme de impostos para o comércio e serviços. “Traduzindo para o dia a dia, o leite, o pão, o feijão, o arroz, o transporte, a educação e a saúde ficarão mais caros e pior: com menos empregos”, sustentam.
O manifesto termina com as entidades se comprometendo com o governador Ronaldo Caiado a apoiarem as ações que efetivamente tragam divisas para Goiás e oportunidades para o povo goiano. “Tal como o senhor, governador, nós sempre apoiaremos propostas que tragam segurança jurídica para quem investe, incentivem o desenvolvimento econômico regional, gerem mais empregos, diminuam a desigualdade social e distribuam o progresso por todo o país”, pontuam.
Assinam a carta a Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Goiás (Acieg), Adial Goiás, Adial Brasil, Associação dos Auditores de Tributos do Fisco Municipal de Goiânia, Associação Goiana dos Municípios, Coren-Go, Facieg, Faeg, FCDL-Go, Fecomércio-Go, Fieg, Força Sindical-Go, Semesg-Go, Sindifargo, Sindicato dos Empregados na Indústria de Refrigerantes e Águas Minerais do Estado de Goiás, Sindicato dos Auditores de Tributos do Município de Goiânia, Sistema OCB.