O ex-vereador de Goiânia Andrey Azeredo (MDB), que foi presidente da Câmara no biênio 2017-2018, se disse indignado com a rejeição da Câmara à homenagem ao ex-governador de Goiás e ex-prefeito de Goiânia, Iris Rezende Machado, considerado um os maiores nomes da política goiana, senão o maior.
Em dezembro do ano passado, a própria Câmara, com os votos de 32 vereadores, aprovou o projeto de autoria do vereador Clécio Alves (MDB) que mudava o nome da Avenida Castelo Branco, uma das principais vias de Goiânia, para Avenida Iris Rezende Machado. O PL, no entanto, foi vetado pelo prefeito da capital, Rogério Cruz (Republicanos), sob a alegação de que faltava um abaixo-assinado dos moradores concordando com a mudança.
Na semana passada, depois da procuradoria da Câmara afirmar que o PL não exigia abaixo assinado, a Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ) da Casa decidiu pela derrubada do veto do prefeito. Levado a plenário nesta terça-feira (22/02), no entanto, o veto foi mantido por 24 votos a 8, incluindo os votos dos emedebistas Henrique Alves, que foi secretário de Planejamento da última gestão de Iris Rezende na prefeitura de Goiânia, Kleybe Morais e Anselmo Pereira. Dr. Gean, também do MDB, não compareceu para a votação.
“Hoje me deparei com o absurdo protagonizado por um grupo de vereadores que rejeitou sumariamente homenagem ao ex-prefeito Iris Rezende”, escreveu Andrey nas suas redes sociais. Indignado com a atitude dos vereadores do seu partido, o MDB, o ex-presidente da Câmara lembrou que esses parlamentares foram eleitos valendo-se da alta popularidade de Iris Rezende.
“Parece inverossímil que muitos daqueles que foram eleitos como vereadores no esteio da alta popularidade de Iris em Goiânia (todos os do MDB) – ou que usaram, a seu favor, projetos das secretarias que comandavam, onde estavam por escolha de Iris – tenham votado contra a homenagem”, lamentou.
Por fim, Andrey Azeredo chamou de covardia dos vereadores a decisão de manterem o veto do prefeito Rogério Cruz e a manutenção da homenagem a um personagem de um tempo sombrio, como foi a ditadura, em detrimento de Iris Rezende, um ferrenho defensor da democracia.