Depois de denunciado pela PGR por suposto crime de corrupção praticado no âmbito da Operação Monte Carlo em 2013 e de ser delatado por ex-diretores da Construtora Odebrecht, acusado de ter recebido R$ 10 milhões da empreiteira e ter pedido mais R$ 50 milhões para Marcelo Odebrecht, presidente da empresa, Marconi Perillo (PSDB), governador de Goiás, se vê diante de novo escândalo. Dessa vez, o ex-presidente do Partido Republicano da Ordem Social (Pros), Henrique Pinto, disse, ao Jornal Nacional, que o seu partido vendeu apoio ao PSDB em Goiás para aumentar o tempo de televisão do candidato Marconi Perillo em 2014.
Henrique Pinto não revelou quanto teria recebido da campanha do PSDB goiano, mas disse que na campanha para o governo do Amazonas o Pros teria cobrado R$ 2 milhões pelo apoio que aumentaria o tempo de TV do candidato Zé Melo, o que leva a crer que este seria o valor também cobrado de Marconi Perillo em Goiás.
“Na campanha do Paulo Skaf, em SP, na campanha do Anthony Garotinho, no Rio, na campanha do Marconi Perillo, em Goiás, e na campanha do Zé Melo, no Amazonas, apesar do Zé Melo ser do PROS, mas ele exigiu que o Zé Melo desse dois milhões. Na campanha do Delcicio também, em Mato Grosso, dois milhões”, disse Henrique Pinto, mostrando depósitos feitos em 29 de setembro de 2014, a poucos dias da eleição e que, segundo ele, referem-se a parte do dinheiro que bancou a compra de apoio do Pros.
Esse é mais um capítulo de escândalos que rondam o tucano Maconi Perillo. Em 2014 ele declarou ao TSE ter gasto pouco mais de R$ 25 milhões na campanha vitoriosa ao governo de Goiás. Com as revelações, no entanto, é possível que essa conta chegue a mais de R$ 75 milhões, já que ele é acusado de ter recebido dinheiro da Saneago e de ter pedido R$ 50 milhões para a Oderecht em 2014.