Sem condições de fazer frente ao grande descompasso financeiro que tomou o Estado de Goiás e que veio à tona desde que Marconi Perillo (PSDB) assumiu o quarto mandato, em janeiro de 2015, o Governo de Goiás adota medidas de contingência que demonstram todo desespero palaciano.
A coluna Giro, do jornal O Popular de hoje, 22/09, informa que o Governo antecipou a assinatura do decreto que suspende o pagamento de empenhos (despesas já autorizadas) e dos desembolsos financeiros (que autorizam os empenhos) já liberados do Estado. Na prática, o Governo suspende as obrigações assumidas para tentar fechar o ano fiscal sem ferir a lei.
Normalmente essa prática é adotada em dezembro de cada ano quando, a fim de se equilibrar o balanço do Estado, as obrigações são suspensas para serem novamente empenhadas no exercício seguinte. Na prática, usando essa estratégia a três meses do fim do ano fiscal, vários fornecedores terão frustradas suas expectativas, o que pode gerar prejuízos irreparáveis para economia como um todo. É possível que muitos empresários terão prejuízos financeiros. Como tinham os empenhos em mãos podem ter iniciado a prestação dos serviços ou adiantado a entrega de bens, além de que muitos, certamente, fizeram investimentos, tendo como base os empenhos.
A medida é mais uma prova cabal do desequilíbrio financeiro que atravessa o estado. Sem condições de pagar, sequer, os salários em dias, assumindo calote da data-base e emendando leis para tirar direitos dos servidores, o Governo de Marconi Perillo age no desespero e já não tem mais tanto domínio de suas ações. Com rombo na conta centralizadora na ordem de R$ 1,5 bilhão e déficit mensal de R$ 450 milhões, o Governo tucano em Goiás joga suas últimas fichas na privatização da Celg, o que poderia dar uma sobrevida ao moribundo governo de Perillo.