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Política

Extremistas atuam pelo caos no RS a fim de evitar que popularidade de Lula cresça, diz colunista do UOL

Leonardo Sakamoto avalia que a intensificação nas divulgações de fake news, às quais chama de “informações criminosas”, pode levar as pessoas a desistirem de ajuda aos gaúchos que sofrem as consequências do maior desastre climático da história

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Governo Federal acionou o MJ e PF para punir desinformação sobre catástrofe climática no Rio Grande do Sul

O colunista do portal UOL Leonardo Sakamoto chama a atenção para as mentiras que circulam nas redes sociais, bombadas, segundo ele, até por deputados federais bolsonaristas, que levam desinformação sobre a tragédia no Rio Grande do Sul, estado que sofre o maior desastre climático da sua história. Segundo Sakamoto, essas fake news, classificadas como “informação criminosa”, pode levar as pessoas a desistirem de fazer doações às vítimas das enchentes e também afastar a solidariedade que brasileiros de todas as regiões têm dispensado aos gaúchos.

Mais grave, diz Sakamoto, é que essa rede de desinformação e ódio espalhada pela extrema-direita brasileira tem como objetivo impedir que a popularidade do presidente Lula cresça entre o povo do Rio Grande do Sul. De acordo com a última pesquisa Quaest, divulgada nesta quarta-feira (08/05), a ajuda ao RS aparece como a segunda notícia positiva sobre o governo Lula mais vista, lida ou ouvida pelos brasileiros.

Como avalia o diretor da Quaest, Felipe Nunes, ainda é cedo para cravar que isso é reflexo das ações de Lula. O presidente visitou o estado com seus ministros duas vezes desde a crescente catástrofe, deslocou as Forças Armadas e a Força Nacional para salvamentos e correu para disponibilizar recursos.

Para o colunista, percepções são importantes e grupos já sentiram que há a chance de a ação do governo federal ser bem avaliada. “Ainda mais na comparação com o ex-presidente Jair Bolsonaro, que, diante das chuvas que mataram dezenas na Bahia no final de 2021, visitou rapidamente a região afetada e depois correu para se divertir com jet ski em Santa Catarina enquanto os baianos continuavam morrendo e debaixo d’água”.

“Enquanto servidores públicos e voluntários lutam uma guerra para resgatar famílias, encontrar corpos, reconstruir pontes e levar água e comida, uma parte da extrema direita está em outra guerra, a de narrativas, a fim de reduzir a importância do peso do poder público na resposta. Afinal, trata-se da região Sul, fortaleza de votos bolsonaristas. Tal como aconteceu na pandemia de covid-19, esses guerreiros da mentira pouco se importam com quem vive ou quem morre. O que importa é destruir o inimigo”, aponta Sakamoto.

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