A dificuldade financeira enfrentada pelo Estado de Goiás se arrasta há pelo menos quatro anos, mas vinha sendo amenizada pela capacidade de articulação do ex-governador Marconi Perillo (PSDB). Nos últimos dias, no entanto, a situação tem fugido do controle do gestor estadual e situações que mostram um quadro preocupante das finanças públicas goianas vieram à tona.
Na última segunda-feira, 30 de julho, a concessionária distribuidora de energia elétrica de Goiás, a italiana Enel, suspendeu o fornecimento para três importantes praças de esportes em Goiás: Estádio Olímpico, Ginásio Rio Vermelho e Autódromo de Goiânia. De acordo com a empresa, a Agetop, responsável pela quitação das faturas, não vinha fazendo o pagamento tempestivamente.
Apesar de todas explicações dadas pelo governo do tucano José Eliton, a verdade é que o Estado de Goiás enfrenta uma séria crise financeira, que ao final do ano passado chegou a registrar um déficit de caixa de R$ 2,07 bilhões. Em junho próximo passado, surgiram informações de que o governo teria usado cerca de R$ 70 milhões de verbas vinculadas da educação para o pagamento da folha dos servidores.
Também recentemente, o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Saulo Mesquita, em apreciação do RREO do 1º bimestre das contas públicas goianas, alertou para os graves problemas financeiros enfrentados pelo Estado e disse que, se nada for feito, deve faltar recursos até para o pagamento de salários dos servidores.