A Assembleia Geral da Eletrobras, realizada ontem, deu sinal verde para a privatização da CELG-D para o primeiro semestre de 2016. A notícia, que deveria ser comemorada pelo moribundo governo goiano de Marconi Perillo (PSDB), foi, no entanto, recebida com frustração.
Segundo nota publicada na coluna Giro de hoje, 29/12, a companhia goiana foi avaliada em R$ 2,750 bilhões devido “seu fraco perfil de crédito, caracterizado por apresentar alavancagem financeira elevada, significativa concentração de dívida no curto prazo e reduzida posição de liquidez”. Segundo o jornal, essa análise é da agência de avaliação de risco Fitch Ratings.
O Giro informou ainda que a “agência concluiu que o fluxo de caixa da Celg D deve continuar negativo nos próximos quatro anos, tornando necessários novos empréstimos, e que a companhia goiana terá de investir R$ 1,8 bilhão até 2018 para atender as metas da Aneel”.
A privatização da Celg, da qual o Governo de Goiás possui 49% das ações, era vista pelos palacianos como a salvaguarda do quarto mandato de Marconi Perillo, que enfrenta um dos piores momentos administrativos/financeiros da história do Estado. Sem dinheiro, com um déficit de aproximadamente R$ 1,1 bilhão rolado para o próximo ano e um rombo de mais de R$ 1,4 bilhão na conta centralizadora do Estado, Marconi Perillo esperava que a Celg fosse vendida por cerca de R$ 10 bilhões e assim pudesse viabilizar o seu governo.
Uma das maiores empresas do Estado e maior patrimônio dos goianos, a Celg esvai-se pela incompetência e má gestão de um governo midiático, que por pura vaidade política perde um dos seus maiores ativos e impõe ao povo goiano o ônus de conviver com a pior prestação de serviço de energia elétrica do País.