Candidato à prefeitura de Goiânia, Fred Rodrigues (PL) planeja reavaliar o subsídio do transporte público na Região Metropolitana, que mantém a passagem de ônibus fixada em R$ 4,30 desde 2019. Ele ressaltou que seria imprudente prometer, caso eleito, a redução ou o congelamento da tarifa.
“Seria uma irresponsabilidade eu, como prefeito, afirmar que vou reduzir a tarifa ou mantê-la congelada”, declarou o candidato durante o debate promovido pela TV Anhanguera na noite de quinta-feira (3). Fred criticou o congelamento, explicando que o subsídio representa o dinheiro que o Estado retira dos cidadãos por meio de impostos.
Com base em sua pesquisa, Fred Rodrigues afirmou que a Prefeitura de Goiânia desembolsa cerca de R$ 163 milhões anualmente de um total de R$ 473 milhões para manter a tarifa em R$ 4,30, e chamou de déficit a despesa alocada no orçamento do município para custear parte das passagens. Sem esse subsídio, os usuários do transporte público na capital e nas cidades da Região Metropolitana teriam que pagar R$ 9,38, que é a tarifa técnica – a diferença entre o valor pago pelo usuário e o que as empresas recebem para manter a operação.
Histórico
O subsídio do transporte coletivo foi iniciado em 2019 a partir de uma iniciativa do governador Ronaldo Caiado (União Brasil), em parceria com os municípios de Goiânia, Aparecida e Senador Canedo. Governo estadual e prefeitura de Goiânia arcam com 41% cada, as demais prefeituras com o restante.
A política de subsídio garantiu o congelamento da tarifa nos últimos seis anos, beneficiando milhares de trabalhadores e estudantes, sendo considerada um marco para o transporte público da Região Metropolitana. Além da passagem, a parceria entre Estado e municípios também promove uma completa reestruturação do sistema com a aquisição de novos ônibus, reforma de terminais e plataformas, e a troca de todos os abrigos.
