Em solicitação feita pela justiça eleitoral, a Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO) informou, em caráter oficial, que o candidato a prefeito de Goiânia pelo PL, Fred Rodrigues, nunca concluiu o curso superior de Direito, como ele afirmou ao TRE-GO, quando do registro da sua candidatura. Além de ter mentido à justiça eleitoral, Fred também sustentou, por diversas vezes, que era sim formado em Direito, mas que havia optado por não exercer a carreira jurídica. Ao mentir à justiça, Fred pode ter cometido o crime de falsidade ideológica para fisn eleitorais.
De acordo com o código eleitoral (Lei nº 4.737/1965), constitui crime omitir, em documento público ou particular, declaração que dele devia constar, ou nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, para fins eleitorais. A Pena prevista para esse crime é de reclusão até cinco anos e pagamento de 5 a 15 dias-multa, se o documento é público, e reclusão até três anos e pagamento de 3 a 10 dias-multa se o documento é particular.
Para além de uma possível infração penal, a mentira de Fred Rodrigues não é apenas um ato isolado, mas um reflexo de um fenômeno maior na política contemporânea, onde a coerência entre discurso e prática é frequentemente sacrificada em nome de ambições pessoais. Para aqueles que se dizem defensores de valores éticos e morais, é fundamental que suas ações correspondam às suas palavras
Rodrigues se posiciona como um conservador que defende os valores da família e da ética, pilares que sustentam sua imagem pública. No entanto, a mentira sobre sua formação acadêmica é uma ruptura direta com esses princípios. A busca por reconhecimento e promoção pessoal a qualquer custo, inclusive por meio de enganos, demonstra uma falta de compromisso com a verdade que deveria ser inaceitável para alguém que se apresenta como defensor da moralidade.