Relatório de Gestão Fiscal (RGF) divulgado pela Prefeitura de Goiânia, referente ao 2º Quadrimestre de 2023, mostra que os gastos com pessoal do executivo municipal cresceram R$ 493 milhões nos oito primeiros meses deste ano, se comparados com os números de 31 de dezembro do ano passado. O valor representa 50,59% da Receita Corrente Líquida Ajustada alcançada pela prefeitura, e está acima do limite de alerta, que é de 48%. O limite máximo permitido pela Lei de Responsabilidade Fiscal é de 54% da RCL. Em relação aos 12 meses de 2022, o aumento da despesa total com pessoal representou 14,53%.
De acordo com os dados da própria prefeitura, a despesa bruta com pessoal chegou a R$ 4,214 bilhões, sendo R$ 3,159 bilhões com pessoal ativo, e R$ 935,9 milhões com pessoal inativo e pensionistas. Excluídas as chamadas “despesas não computadas”, que somaram R$ 753,1 milhões, chega-se ao valor apurado líquido da despesa com pessoal de R$ 3,461 bilhões.
Em dezembro do ano passado, a Prefeitura declarou gastos com pessoal líquidos de R$ 2,968 bilhões. Embora não computadas para o cálculo do gastos com pessoal, as indenizações por demissão e incentivos à demissão voluntária cresceram mais de R$ 3 milhões nestes oito meses de 2023. Até dezembro do ano passado, os valores despendidos com essa rubrica somaram R$ 449 mil. Até agosto de 2023 já foram pagos R$ 3,48 milhões de indenizações por demissões, o que pode ser explicado pelo alto número de nomeações e exonerações ocorridas na prefeitura de Goiânia.
Déficit Orçamentário
Nos primeiros oito meses de 2023, a gestão de Rogério Cruz (Republicanos) experimentou um déficit orçamentário, apurado pela diferença entre Receitas Realizadas e Despesas Liquidadas, na ordem de R$ 87,7 milhões. O município registrou R$ 5,2 bilhões de receitas realizadas e R$ 5,28 bilhões de despesas liquidadas.