O PSDB goiano começa a articular a candidatura de Jaime Rincon ao Paço em 2016. Fiel escudeiro de Marconi Perillo, homem forte do Governo, Rincon é Presidente da Agência Goiana de Transportes e Obras e ultimamente tem exercido o cargo de porta-voz de Perillo.
A preferência do Governador por Jayme Rincon tem desagradado uma turma considerável de tucanos, entre eles o deputado federal Delegado Waldir Soares, o mais votado de Goiás e que teve, só em Goiânia, mais de 170 mil votos. Soares tem dito abertamente que o PSDB não pode ter um candidato de laboratório, sem apelo popular e já ameaçou, inclusive, deixar o partido, caso o governador insista em lançar Rincon.
A verdade é que Jayme Rincon é uma fabricação de Marconi Perillo e não tem nem votos e nem competência. É um “protótipo de político”, como chegou afirmar o Prefeito de Goiânia, Paulo Garcia (PT). Em uma eventual campanha majoritária para a prefeitura de Goiânia terá muito o que explicar e dificilmente conseguirá se sustentar.
Uma simples pesquisa no siste do TCE-GO e a propalada fama de tocador de obras de Rincon cai por terra. Das obras iniciadas sob a gestão de Rincon em 2014, 25 delas estão completamente paralisadas. São R$ 76 milhões em obras que não foram concluídas.
A Unidade Penal do Centro de Inserção Social de Jataí, é uma delas. Contratada em dezembro de 2013 e iniciada em janeiro de 2014, com prazo previsto para entrega de 180 dias, a obra foi paralisada em outubro de 2014. O valor do contrato era de R$ 1,94 milhões, sendo que R$ 842 mil já foram pagos. Não se tem ideia de quando a obra será entregue e nem mesmo se será.
A reforma, adequação e ampliação do Hospital de Doenças Tropicais – HDT, de Goiânia, é outra obra tocada por Rincon que não foi pra frente. Orçada em R$ 15,1 milhões a obra já consumiu R$ 3,2 milhões e se encontra paralisada desde junho de 2014, sem previsão de retomada e conclusão.
São obras espalhadas por todo o estado de Goiás e que foram anunciadas em ano eleitoral, o que contribuiu efetivamente para a reeleição de Marconi Perillo, como por exemplo a pavimentação da GO-330, no trecho entre Taquaral e Santa Rosa, num total de 15 km. A obra foi contratada às vésperas da eleição, em julho de 2014, ao custo de R$ 12,5 milhões e apenas 25% foi concluído, tendo sido paralisada em novembro de 2014, um mês após sacramentada a reeleição de Perillo.
No total, 146 obras iniciadas no terceiro mandato de Marconi Perillo e que estavam sob a gestão de Jayme Rincon estão paralisadas, totalizando mais de R$ 1,2 bilhão de recursos públicos em benefícios que não foram entregues ao povo de Goiás.
Essa é a marca da gestão de Jayme Rincon, provável candidato de Marconi Perillo à Prefeitura de Goiânia em 2016, à frente da Agetop. Será que Goiânia merece isso?