A folha de pagamento dos servidores públicos estaduais de Goiás chega a marca de R$ 1 bilhão, informa a Secretaria da Fazenda do Estado. Diante desse número novas medidas de contenção são tomadas pela Sefaz. Uma delas é a suspensão de todos os concursos públicos para provimento de cargos no Estado.
“Nesse momento, estamos acima do limite e isso significa que não podemos fazer concursos enquanto nós não nos enquadrarmos”, disse a secretária Ana Carla Abrão, explicando que o Estado ultrapassou o limite prudencial estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal no fechamento do segundo quadrimestre deste ano e tem as próximas duas prestações de contas para reverter a situação.
Outras medidas tomadas pela doutora Ana Carla é o corte de promoções e aumento de salários, além do aumento de medidas que priorizem o processo de caça a funcionários fantasmas nas repartições públicas.
Não se compreende, entretanto, onde foram parar os resultados dos propagandeados cortes nas despesas com pessoal supostamente efetivadas com a reforma administrativa de Marconi Perillo no começo do ano. Assim que assumiu o quarto mandato, em janeiro de 2015, o Governador anunciou com estardalhaço que tinha cortado 5.000 cargos em comissão, extinguido 6 secretarias e demitido mais de 16 mil funcionários temporários o que economizaria, segundo ele, mais de R$ 1,8 bilhão para o Estado.
Como se vê, com a confissão da Secretária Ana Carla Abrão, tudo não passou de uma ação de marketing. A folha continuou aumentado de lá pra cá e a situação é a pior possível. Quem de fato paga pelas ações midiáticas do Governo de Goiás é o povo, que passa a ter uma prestação de serviço precária, além dos próprios servidores que sofrem na pele as consequências da má gestão de Perillo.