Em meio ao conturbado processo de terceirização da educação pública no estado, funcionários lotados nas agências do Vapt Vupt estão apreensivos com a notícia de que o Governo de Goiás prepara a terceirização dos serviços às famigeradas Organizações Sociais.
Segundo os funcionários ouvidos, já não é segredo pra mais ninguém que, ainda neste primeiro semestre, o Governo estará abrindo chamamento para que Organizações Sociais assumam a gestão das agências de Vapt Vupt espalhadas pelo Estado. Assim como na saúde, e agora na educação, os servidores temem o achatamento do salário e até mesmo demissões, já que, pelos editais que subsidiam os contratos de terceirizados, as OSs estariam obrigadas a manter apenas 30% do quadro de efetivos. A terceirização representaria, também, o fim das gratificações.
Desde que assumiu o quarto mandato, em janeiro de 2015, Marconi Perillo trabalha com afinco para terceirizar os serviços públicos do Estado, sob a alegação de melhorar o atendimento ao cidadão. Já foram terceirizados os serviços de saúde, está em andamento a terceirização da educação, da Metrobus e agora cogita-se terceirizar o Vapt Vupt. Recentemente, em entrevista durante evento na Bahia, o Governador de Goiás admitiu ser contra a estabilidade no emprego público e a favor do fim dos concursos públicos, além de confessar que a militarização de colégios e terceirização da educação em Goiás tem como intuito punir professores que se opõe a sua administração.
Renomados educadores e especialistas em educação, além da própria Faculdade de Educação e Faculdade de Letras da Universidade Federal de Goiás, já se manifestaram contra a terceirização da educação em Goiás. Alunos secundaristas ocupam 24 escolas públicas desde dezembro do ano passado contra o que chamam de privatização do ensino público.