Governador Ronaldo Caiado enfrenta hostilidade dos apoiadores de Bolsonaro e determina fim de aglomeração na Praça Cívica, em Goiânia
O democrata falou do meio da concentração formada na Praça Cívica e pediu responsabilidade às pessoas que manifestavam contra o Congresso e STF para que não criassem ambiente favorável à disseminação do vírus do Covid-19 na cidade.
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, foi para o meio de um grupo de manifestantes e, do microfone de um carro de som, determinou o fim da aglomeração na Praça Cívica, centro de Goiânia. O fato aconteceu na tarde de hoje, 15/03, durante concentração dos apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, que foram às ruas reivindicar, entre outros, o fechamento do Congresso e o do STF.
Na última sexta-feira, Ronaldo Caiado, assim como o prefeito da capital, Iris Rezende, declarou situação de emergência em saúde pública no Estado e proibiu a realização de eventos que dependam da autorização do poder público e que reúna grande de número de pessoas.
As manifestações em defesa do governo de Jair Bolsonaro e contra o Congresso e o STF acontecem em várias cidades do Brasil, mesmo depois das autoridades alertarem para o perigo de disseminação do vírus Covid-19, já declarado pandemia mundial.
Com as aglomerações na Praça Cívica, Ronaldo Caiado saiu do Palácio das Esmeraldas, onde mora, e foi para o meio do povo pedir o fim do movimento, sobretudo para evitar a possível proliferação do vírus, mas foi hostilizado pelos apoiadores do presidente Jair Bolsonaro.
“Não sejam irresponsáveis. Se amanhã, transformarem Goiânia em um ambiente de disseminação do vírus, vocês precisam entender que a hora que morrer um da família de vocês, vocês estarão chorando na porta do palácio. Isso é um absurdo. Vocês precisam ter noção de seriedade. Não se lança apoio ao governo colocando em risco a sua população”, bradou Caiado.
Sob vaias dos manifestantes, Caiado subiu o tom e exigiu a imediata dispersão da aglomeração. “Estão me entendendo bem? Essa é a minha ordem e a minha ordem será cumprida!”, esbravejou, lembrando aos manifestantes que como governante, mas principalmente como médico, tem o dever de zelar pela segurança da população.