Dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO) apontam para um crescimento exponencial na produção ambulatorial e hospitalar na rede estadual de Saúde de Goiás entre 2019 e 2022, durante a gestão do governador Ronaldo Caiado. Somente no último ano, a produtividade saltou de 3,2 milhões de atendimentos para 6,6 milhões, crescimento de 107%. Em quatro anos, a produção ambulatorial saltou de 4,8 milhões. Os números foram destaques em reportagem de O Popular.
De acordo com a SES-GO, o aumento dessa produtividade, que mais que dobrou entre um ano e outro foi puxado pelo acréscimo no volume total de consultas e exames, e só foi possível graças a regionalização da Saúde, uma das principais marcas da gestão Caiado, que ampliou a rede de atendimento nas diversas regiões de Goiás.
Desde 2019, o Governo de Goiás investiu mais de R$ 14 bilhões para custeio de programas e serviços de saúde em todo o estado. Foram entregues seis policlínicas nos municípios de Posse, Goianésia, Quirinópolis, São Luís de Montes Belos, Goiás e Formosa. Essas unidades têm capacidade para realizar, em média, até 6 mil consultas e 15 mil exames diagnósticos e procedimentos multidisciplinares mensais cada. As policlínicas também ancoram na região em que estão sediadas as Carretas da Prevenção, equipadas com toda estrutura para realizar mamografias e exames de colo útero, num programa itinerante de Saúde da Mulher.
Noutra ação estratégica, o Governo de Goiás incorporou à Rede Hospitalar do Estado sete hospitais de alta complexidade. Quatro unidades –em Jataí, São Luís de Montes Belos, Formosa e Luziânia, foram estadualizadas. Outros três novos hospitais foram entregues: Hospital Estadual do Centro-Norte Goiano (HCN), Hospital Estadual da Mulher (Hemu) e Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad). Em 2018, a saúde pública tinha 1.635 leitos de internação, somando UTI e enfermaria. Hoje são 3.453 leitos de internação, sendo 855 de UTI e 2.598 de enfermaria.
Contrapartida federal
Diante do aumento da produtividade, o Governo de Goiás pleiteia junto à União uma compensação no valor de R$ 1 bilhão, para o financiamento federal por meio do Teto Média e Alta Complexidade. O pedido foi protocolado pelo governador Ronaldo Caiado em meados de abril. De acordo com Sérgio Vêncio, secretário de Saúde, Goiás recebe apenas 10% do que gasta com os atendimentos, bancando, com recursos do Tesouro Estadual, os outros 90%. Vêncio explica que o aumento no número de atendimentos se deve, principalmente, à expansão da rede estadual. “São 24 hospitais e seis policlínicas que oferecem consultas em mais de 20 especialidades médicas”, afirma.
Ao reivindicar a ajuda federal, o governador Ronaldo Caiado lembrou que no caso das UTIs, por exemplo, a União repassa R$ 600,00 por leito, enquanto o custo real é de R$ 2,5 mil. Caiado afirma que parte dos recursos serão utilizados para a realização de cirurgias eletivas – não consideradas de urgência – e o restante será destinado à compra de medicamentos de alto custo e manutenção de leitos de internação. “Não pedimos nada além daquilo que já existe no orçamento, tanto na parte de investimento quanto na parte de custeio. Esperamos apoio e celeridade”, complementou o governador.