A falta de prioridade do Governo de Marconi Perillo é gritante. Mesmo se arrastando financeiramente, com déficits acumulados que beiram os R$ 5 bilhões, segundo fontes da oposição, o Governo tucano de Goiás insiste nos gastos com propaganda. Só no ano passado foram R$ 108 milhões gastos com propaganda e noticiário. R$ 2,5 milhões foram gastos com “blogs amigos” e com pagamento a perfis na internet, a chamada “bolsa twitter”. Não obstante, a dívida do Estado com as organizações sociais que administram os hospitais públicos chega a R$ 200 milhões, segundo reportagem do jornal O Popular de hoje, 15/05.
“Passa de R$ 200 milhões a dívida da Secretaria Estadual de Saúde (SES) de Goiás com organizações sociais (OSs) que administram os quatro maiores hospitais públicos do Estado: Hospital Geral de Goiás Alberto Rassi (HGG), Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), Hospital de Doenças Tropicais Dr. Anuar Auad (HDT) e Hospital Materno-Infantil (HMI). As informações são do próprio Portal da Transparência no site da SES. Ao todo, 16 unidades de saúde de Goiás são administradas por OSs, modelo de gestão adotado em 2012”, diz a reportagem assinada pela jornalista Andréia Bahia.
Na semana que passou, funcionários do HDT denunciaram que a OS que administra o hospital pretende fechar UTI pediátricas e terceirizar a emergência da unidade. O Governo negou que houvesse anuência do estado para que isso ocorresse. Nos últimos meses em sido recorrente movimentos grevistas de terceirizados de unidades de saúde administradas por OSs em Goiás. Em Itumbiara 7 pessoas morreram porque o Governo de Goiás não repassou as verbas para o Hospital São Marcos, que teve que fechar 10 leitos de UTI. O que o Estado deve para o hospital é menos do que gastou com os tais blogs, algo em torno de R$ 2 milhões.
Na reportagem de hoje, o jornal cita o caso do Hospital Materno Infantil, cuja situação é crítica: “já no caso do HMI, o último repasse recebido foi em janeiro e a SES deve R$ 12 milhões, o equivalente a dois meses de repasse. Conforme O POPULAR apurou, em razão dos atrasos faltam insumos e medicamentos na unidade”, diz a matéria.
Enquanto a população sofre com a falta de assistência médica provocada pela falta de repasses do Governo Estadual às unidades de saúde do Estado, o dinheiro público financia o marketing tendencioso que induz o cidadão ao erro. A situação em Goiás é crítica e falta responsabilidade ao Governo, que não prioriza os serviços básicos, como segurança, educação e saúde.